" A Câmara deve fazer o que achar melhor", diz prefeito sobre pedido de cassação
“A Câmara Municipal deve fazer o que achar melhor. Se quiser entrar com um processo contra mim, pode fazer isso. É algo que não é da minha responsabilidade”, diz o prefeito Alcides Bernal (PP), sobre o possível pedido de cassação da sua candidatura e os recursos no valor de R$ 700 mil, que ele estaria devendo ao Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande).
Ao mesmo tempo, um protesto acontece no dia que a Câmara pode votar o pedido do sindicato para instalar uma Comissão Processante contra o prefeito. A comissão é o primeiro passo para cassar o mandato do prefeito.
Há pouco, os manifestantes começaram a exibir cartazes e faixas de apoio ao prefeito, como “Bernal, você me representa”, “Quem elegeu o prefeito, foi povo, respeite”, “Deixa o homem trabalhar” e “O povo escolheu, Bernal nos representa”.
O protesto deve acirrar ainda mais o confronto entre Bernal e a Câmara Municipal. Ontem, ele acusou a oposição, que reúne 19 dos 29 vereadores, de forjar “documentos falsos” e “relatórios absurdos” para dar golpe político e afasta-lo do cargo.
O presidente da CPI do Calote, Paulo Siufi (PMDB), reagiu à acusação e desafiou Bernal a apontar os documentos falsos anexados ao relatório da comissão. Ele garantiu que tudo está sendo feito dentro da lei.