Ação da Owari troca de novo de magistrado, sem avanço
Um dos processos derivados da operação Owari, a primeira a identificar indícios de irregularidades na atual administração de Dourados, teve mais uma devolução por parte dos juízes pelos quais já passou.
A ação civil pública que denuncia fraude no arrendamento do Hospital Santa Rosa, transformado em Hospital Vida, começou a correr na Justiça no dia 16 de novembro de 2009, e já passou por três magistrados, sem avançar.
Em despacho do dia 21, o magistrado que estava com o caso por último, José Domingos Filho, da 6ª Vara Cível, devolveu o processo para a 5º Vara Cível, onde o caso começou a tramitar e não ficou porque o titular, Jonas Hass Silva Junior, se declarou sob suspeição para julgar o caso.
José Domingos havia recebido o processo após ser redistribuído pelo juiz da 3ª Vara Civil, Jairo Luiz de Quadros, que classificou de equivocada a decisão que deixou o processo em suas mãos.
Ao mandar de volta o caso para a 5ª Vara, o juiz José Domingos, também classificou de equívoco o fato de o processo ter ido parar com ele. Para ele, mesmo que o titular da 5ª Vara, onde tudo começou, não possa assumir, há um substituto legal que deve fazer o processo andar.
O juiz titular da Vara pode receber o caso de volta e dar andamento a ele, ou pode suscitar conflito de competência e neste caso, a decisão fica a cargo dos desembargadores do TJ (Tribunal de Justiça).
Investigação -A Operação Owari gerou, além dessa, duas ações. Uma corre no TJ contra o prefeito Ari Artuzi (sem partido) e foi a que motivou o afastamento dele do cargo, após a Operação Uragano, que revelou os meandros da corrupção em Dourados.
A outra ação corre em Dourados e refere-se a outras irregularidades, entre elas a fraude na licitação nos serviços póstumos da cidade, setor que há vários anos é dominado pela família Uemura. O acusados já apresentaram defesa prévia e falta agora a fase de depoimentos de testemunhas de acusação e defesa.
Corre também, na justiça, a ação relativa à Operação Brothers, realizada como desdobramento da Owari para investigar a organização criminosa que teria sido montada pelos irmãos Everaldo e Eduardo Leite Dias, donos de empresas que mantêm contrato com órgãos públicos nas áreas de transporte, limpeza pública, poda de árvore e coleta de lixo. Neste processo, já foram ouvidas as testemunhas.