André irá se reunir com ministro para discutir conflitos, diz deputado
O governador André Puccinelli (PMDB) participou de uma reunião com deputados estaduais e representantes dos produtores rurais e declarou que vai tentar marcar uma audiência no dia 21 de novembro (quinta) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em sua visita a Brasília.
“Ele está tentando agendar com o ministro e vai levar junto com ele uma comitiva de representantes dos produtores rurais, para saber que solução ele vai apresentar”, destacou o deputado Zé Teixeira (DEM), que participou da reunião com Puccinelli.
O deputado destacou que a Funai (Fundação Nacional do Índio) não tem poder de anular os títulos emitidos pela União aos produtores, que estão trabalhando, pagando impostos e mesmo assim precisam conviver com insegurança jurídica.
“Eles não podem por meio de laudos antropológicos simplesmente invadir as áreas, sendo incentivados por ONGs, grupos e entidades que estão ganhando com esta situação”, denunciou o democrata.
Segurança – Entre as reivindicações dos produtores está a segurança das terras por meio de polícias comunitárias para estabelecer a ordem no local. “São 500 mil índios contra o resto do país, todos os ministros que passaram por lá e vieram até aqui não resolveram a questão, estão sem credibilidade”, apontou Teixeira.
Discussão – Durante uma reunião no “plenarinho” da Assembleia houve uma discussão entre a deputada estadual Mara Caseiro (PT do B) com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, que acusou os produtores de estarem contratando segurança para proteger as suas propriedades.
“Ele disse com dedo em riste em direção a deputada que os produtores não podem contratar segurança privada e milícia, pois temos que aceitar quietos a omissão do governo”, revelou Zé Teixeira.
O democrata explicou que os produtores estão se reunindo e organizando leilões não para contratar ou formar “milícias” e sim para pagar os gastos como em viagens para Brasília, assim como pagamento de advogados. “Temos que nos prevenir e nos ajudar”, apontou.