Após semana agitada em MS, políticos não podem mais inaugurar obras
A legislação eleitoral também proíbe discursos, propaganda e contratos a partir deste sábado (2)
A três meses das eleições, as restrições eleitorais previstas na legislação começam neste sábado (2). A partir de hoje, prefeituras, governos e líderes políticos não podem mais promover solenidades de inauguração com festas e descerramentos de placas, bem como veicular publicidade de suas gestões. Também ficam impedidos de contratar, demitir ou remover servidores, salvas exceções previstas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Estão restritos ainda os pronunciamentos em rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, e também a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos. Por conta disso, a semana foi movimentada para muitos prefeitos em Mato Grosso do Sul, especialmente os que devem concorrer à reeleição, que correram para lançar serviços e inaugurar obras.
Um exemplo está na Capital, onde o prefeito Alcides Bernal (PP), somente nos três últimos dias, montou palco para inaugurar três unidades de saúde, uma creche, entregou 42 casas, sorteou 272 apartamentos, lançou programa de regularização fundiária e festejou novos convênios para área de saúde.
No interior, outro bom exemplo é Corumbá, a 420 km de Campo Grande, onde o prefeito e candidato à reeleição Paulo Duarte (PTD) entregou sistema de videomonitoramento em unidades de ensino e inaugurou a revitalização de uma das áreas mais simbólicas da cidade, a Praça da República, palco da retomada brasileira na guerra do Paraguai.
Já o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) cumpriu agenda em outras cidades. Na sexta-feira (1), esteve em Nova Andradina, a 300 km de Campo Grande, onde autorizou a construção leitos de terapia intensiva avaliados em R$ 2,4 milhões. No mesmo dia, passou por Taquarussu, onde assinou ordem de serviço para pavimentação, drenagem e liberou recursos para a saúde no município, localizado a 332 quilômetros da Capital. O governador também esteve em Itaquiraí.
Conforme o TSE, tudo voltará ao normal somente depois das eleições e posse dos respectivos eleitos, ou seja, em janeiro de 2017.