Até março PSDB decide se "volta" para MDB ou faz fusão com PSD
Em dezembro, Reinaldo e Riedel discutiram alianças com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo
Para sobreviver e chegar às eleições de 2026, o PSDB deve decidir e anunciar até março o futuro da legenda. Em meio a conversas com diversos partido, os tucanos têm como principais caminhos para seguir: a “volta às origens” no MDB ou a fusão com o PSD.
RESUMO
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Para garantir sua sobrevivência e se preparar para as eleições de 2026, o PSDB precisa decidir seu futuro até março. As principais opções são uma reaproximação com o MDB, uma fusão com o PSD ou uma aliança com o Republicanos. A decisão da Executiva Nacional levará em conta o bom desempenho do partido em Mato Grosso do Sul, onde elegeu um governador e se consolidou como um reduto tucano nas eleições municipais. Lideranças do MDB e do PSD já demonstraram interesse em fusões com o PSDB, e as negociações estão em andamento.
Ao Campo Grande News, o presidente da Executiva Estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) confirmou que a fusão vai depender das conversas com esses partidos onde as tratativas estão mais avançadas. Ele ainda citou o Republicanos como mais uma via possível.
Para o tucano, a fusão faz parte do futuro político brasileiro. “Nós vamos chegar em 2026 com 8 ou 10 partidos, no máximo, a fusão não é só com o PSDB”, justificou.
Reinaldo ainda ressaltou que a decisão da Executiva Nacional passar por Mato Grosso do Sul, já que o Estado se tornou último refúgio tucano nas eleições municipais de 2024 e elegeu um dos três governadores da legenda em 2022.
Em dezembro, Reinaldo e o governador Eduardo Riedel (PSDB) estiveram em Brasília, em uma reunião com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, para discutir as possíveis alianças e como elas podem se concretizar, como fusão ou federação.
“Uma coisa que ficou clara é que os três governadores querem ficar juntos na mesma legenda”, garantiu o ex-governador. Além de Riedel, o partido elegeu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB).
Qualquer um dos cenários, segundo Reinaldo, é bom para o grupo político em Mato Grosso do Sul. “Todos são nossos aliados”, disse.
Uma das principais lideranças do MDB no Estado, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli aponta que as tratativas começaram no início do ano passado.
“O MDB conversa com a federação PSDB/Cidadania e mais recentemente com o Solidariedade e Podemos. O PSD de Kassab começou mais recentemente estas conversas e a previsão é de que após março ocorrerão definições. Nós do MDB somos favoráveis à fusão com o PSDB”, detalhou Puccinelli.
Durantes as articulações para as eleições municipais, as lideranças do PSDB e MDB deram sinais da aproximação. O lançamento da candidatura do prefeito de Corumbá, Gabriel Alves De Oliveira (PSB) uniu pela primeira vez os ex-governadores e ex-adversários Puccinelli e Azambuja.
Meses depois, quando desistiu de sua candidatura, o emedebista subiu ao palanque tucano e fez campanha para o então candidato a prefeito, o deputado federal Beto Pereira (PSDB). Historicamente, o PSDB surgiu de uma cisão do MDB em 1988.
Já a proximidade dos tucanos sul-mato-grossenses com o PSD também mostrou sinais desde o início de 2024, quando o vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, o "Barbosinha", oficializou sua ida para a legenda. O evento contou com presença do presidente nacional da PSD e secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, na Capital paulista.
Com o resultado das eleições municipais e o desempenho tucano em Mato Grosso do Sul, Kassab fez questão de elogiar Riedel. Em entrevista ao programa Em Ponto, do Globo News, ele reconheceu a atuação de Riedel e apontou o governador sul-mato-grossense como uma das novas lideranças nacionais.
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