Bernal compara impeachment contra Dilma a "golpe" que sofreu na Capital
Durante evento na Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), o prefeito Alcides Bernal (PP) comparou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), com o "golpe" político que sofreu na Capital. Ainda argumentou que nos dois casos existem interesses econômicos por trás e que a população deve ficar atenta e não acreditar em tudo que for publicado.
"As pessoas precisam ficar atentas, pois é uma situação delicada, existem interesses econômicos por trás deste processo (impeachment), o voto popular tem que ser respeitado, se for tirar tem que ser nas urnas e não na mão grande, quem sofre no final sempre é o povo", disse ele.
Bernal comparou esta situação nacional, com sua cassação em Campo Grande. "Precisamos lembrar de Campo Grande, quando houve uma trama de empresários para comprar vereadores para me derrubar do cargo, que inclusive o vice estava junto, comprovado agora pelo Gaeco", argumentou. Por esta razão disse que é preciso ter cuidado neste momento no âmbito nacional.
"Tivemos casos como Manoel Zelaya, em Honduras, e Fernando Lugo, no Paraguai, que se comprovou depois que tinha interesses econômicos na ação política, o mesmo que ocorre hoje no Brasil", lembrou Bernal, acrescentando que aprendeu na faculdade de Direito que ninguém é culpado antes do processo ser transitado e julgado. O prefeito ainda citou que "é triste ver um senador de MS, Delcídio do Amaral (PT), preso em Brasília, enquanto que aqui tem vários marginais andando livre nas ruas".
O superintendente regional do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), Yves Drosghic, indicado pelo PDT, também relacionou o processo contra Dilma, a cassação de Bernal, em Campo Grande. "Houve recentemente um golpe contra Bernal, igual ao que querem com a Dilma, que venceu nas urnas e tem um mandato até o final de 2018".
Para o pedetista, esta ação contra a presidente foi feita por meio de "chantagem" do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que não teria condições morais para propor o impeachment, já que tem muitas denúncias de irregularidades, entre elas dinheiro fora do país.