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Política

Brittes deve deixar para sucessor decidir se denuncia alvos da Coffee Break

Paulo Yafusso | 14/04/2016 13:10
O atual procurador-geral de Justiça, Humberto Brittes, deve deixar para o sucessor a decisão de denunciar ou não os investigados na Coffee Break (Foto: Arquivo)
O atual procurador-geral de Justiça, Humberto Brittes, deve deixar para o sucessor a decisão de denunciar ou não os investigados na Coffee Break (Foto: Arquivo)

Deve ficar para o próximo procurador-geral de Justiça, a ingrata missão de decidir o que fazer com o relatório final da Operação Coffee Break, que investigou suposta compra de votos para a cassação do prefeito Alcides Bernal em março de 2014. No último dia 24 de fevereiro, o atual chefe do MPE (Ministério Público Estadual) Humberto de Matos Brittes, havia afirmado que no final de março ou até a primeira quinzena de abril o procedimento seria concluído com as possibilidade de oferecer denúncia ou arquivar a investigação.

Agora, por meio de sua assessoria, Brittes informou que o MPE é “uno e indivisível” e como faltam 13 dias úteis para a posse do novo Procurador-Geral de Justiça, a decisão poderá ser dada por ele, Brittes, ou o novo titular da PGJ. Participaram da eleição no dia 1º deste mês os procuradores de Justiça Gilberto Robalinho e o atual procurador-geral adjunto, Paulo dos Cezar Passos, que venceu por 164 a 57 votos. Mas a decisão sobre quem será o nomeado, cabe ao governador Reinaldo Azambuja.

Segundo a assessoria do MPE, “se houver tempo hábil” Humberto de Mattos Brites poderá assinar o documento oferecendo denúncia contra os investigados, solicitando novas digilências ou determinando o arquivamento do procedimento. O relatório final do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) foi entregue no último dia 14 de março ao chefe do PGJ, e desde então está sendo analisado pela assessoria dele.

O relatório preliminar havia sido entregue à PGJ no final de dezembro do ano passado. Na época, Marcos Alex informou que haviam elementos suficientes para denunciar pelo menos 13 pessoas, entre políticos e empresários, envolvidos no esquema para cassar o prefeito Alcides Bernal. Neste ano foram realizadas novas perícias, inclusive em celulares de vereadores, e apreendidos documentos contábeis que foram analisados pelos técnicos do MPE.

A Operação Coffee Break foi deflagrada no dia 25 de agosto do ano passado, quando foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e a condução coercitiva de 13 pessoas. Resultou ainda no afastamento do então prefeito Gilmar Olarte e do presidente da Câmara Municipal, vereador Mário César, que nunca mais retornaram aos cargos.

A investigação é para saber se houve compra de vereadores por meio de pagamento em dinheiro ou concessão de vantagens, para que votassem pela cassaação do mandato do prefeito Alcides Bernal. No MPE a ifnormação é de que o relatório final deve trazer surpresas, como a inclusão de pessoas que na primeira fase não figuravam como possíveis denunciados. Alcides Bernal foi afastado em março de 2014 e retorno ao cargo em agosto passado, por decisão da justiça.

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