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Política

Câmara autoriza afastamento por 120 dias de Claudinho Serra, réu por corrupção

Vereador é acusado de comandar esquema de desvio de verbas quando foi secretário de Finanças em Sidrolândia

Por Silvia Frias | 16/05/2024 09:25
Claudinho Serra foi preso no dia 3 de abril, foi solto, mas apresentou atestado médico em seguida (Foto/Divulgação)
Claudinho Serra foi preso no dia 3 de abril, foi solto, mas apresentou atestado médico em seguida (Foto/Divulgação)

O presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Carlos Augusto Borges, deferiu o pedido de licença de 120 dias protocolado pelo vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra, o Claudinho Serra (PSDB). O pedido para tratar de “interesse particular” havia sido feito na última terça-feira (14).

O despacho foi publicado hoje pelo Poder Legislativo, sendo válido a partir de ontem (15), sendo reconhecida a legitimidade do pedido, com base no regimento interno (Resolução nº 1.109/2009). O afastamento, conforme o artigo 98, se dará sem remuneração, por 120 dias.

Claudinho Serra já estava afastado das funções legislativas, quando foi preso no dia 3 de abril, em decorrência da deflagração da 3ª fase da Operação Tromper, que investiga esquema de corrupção envolvendo licitações e contratos da Prefeitura de Sidrolândia.

No dia 26 de abril, com base em habeas corpus, o vereador foi liberado, mediante uso de tornozeleira eletrônica. Claudinho não voltou à Câmara Municipal, apresentando atestado médico de 30 dias, sob alegação de profundo abalo emocional. Agora, teve deferido o pedido de afastamento por 120 dias.

Réu - Investigação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) aponta o parlamentar como o “cabeça” de grupo que lucrava com o desvio de dinheiro público. O esquema teria começado quando Claudinho era secretário Municipal de Finanças.

No dia 19 de abril, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou 22 pessoas por envolvimento no esquema fraudulento. Além de Claudinho, outras duas pessoas são consideradas líderes do esquema: o empresário Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”.

Na denúncia ofertada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e 3ª promotoria de Sidrolândia, Claudinho Serra foi denunciado por associação criminosa, fraudes em contrato e em licitação pública, peculato e corrupção passiva; Rocamora por fraude em licitação e corrupção ativa, assim como “Frescura”, também acusado de peculato.

Também foram denunciados Carmo Name Filho, Thiago Rodrigues Alves, Milton Matheus Paiva Matos, Ana Cláudia Alves Flores, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa, Luis Gustavo Justiniano Marcondes, Jacqueline Mendonça Leiria, Heberton Mendonça da Silva, Roger William Thompson Teixeira de Andrade, Valdemir Santos Monção, Cleiton Nonato Correia, Edmilson Rosa, Fernanda Regina Saltareli, Maxilaine Dias de Oliveira, Roberta de Souza, Yuri Morais Caetano, Rafael Soares Rodrigues, Paulo Vitor Famea e Saulo Ferreira Jimenes.

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