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Política

Câmara é contra aumento de suplementação proposta por Olarte

Kleber Clajus | 09/12/2014 14:10
LEGENDA: Aumento do teto de suplementação enfrentará resistência na Câmara (Foto: Kleber Clajus / Arquivo)
LEGENDA: Aumento do teto de suplementação enfrentará resistência na Câmara (Foto: Kleber Clajus / Arquivo)

Os vereadores de Campo Grande são contrários a proposta do prefeito Gilmar Olarte (PP) para ampliar de 5% para 30% o teto de suplementações sem necessidade de aval do Legislativo. Na justificativa dos parlamentares pela manutenção do índice, reduzido em 2012, está necessidade de maior poder de fiscalização quanto a aplicação dos recursos públicos previstos em peças orçamentárias.

Grazielle Machado (PR) entende que retornar ao percentual de 30% seria retroceder na transparência alcançada nos últimos dois anos. A republicana ainda defende que, se houvesse consenso, este fosse zerado, a fim de ampliar o controle sobre a execução de diretrizes orçamentárias que, a partir de hoje (9), serão discutidas e votadas na Câmara Municipal.

Para Chiquinho Telles (PSD), a justificativa do prefeito de que atrasos em votações prejudicam o andamento da administração não procede. “Tudo que tem ido para Câmara temos votado e se isso não foi abortado na época do [ex-prefeito] Alcides Bernal, não será com o Olarte. Aumentar? Isso não vai acontecer nunca”.

José Orcírio Miranda, o Zeca (PT), apresenta uma postura mais flexível, onde sua experiência como ex-governador sugere índice de 10%, pois “não se pode sufocar a administração que precisa de flexibilidade”. O petista ainda pretende conversar com o prefeito e sua bancada sobre o assunto, mas defende na negociação que se preserve limite que garante fiscalização mais incisiva da Câmara Municipal sobre os gastos públicos.

Neste contexto, Edil Albuquerque (PMDB) pretende, como líder do prefeito, ao menos dobrar o percentual e garantir o que considera “mobilidade maior” de gestão. “Passando para 10% o Poder Legislativo dá aceno que está tudo tranquilo e dá um voto de credibilidade”, pontuou.

Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), entende que a Câmara não ganha nada aprovando valores milionários de suplementação e, por isso, segue o líder em busca da ampliação para 10%, uma vez que 30% considera muito elevado.

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