Candidatos propõem regularização fundiária e até expropriação de imóvel
Campo Grande News inicia série de reportagens voltadas para plano de governo de cada nome na corrida eleitoral
Na corrida pela prefeitura de Campo Grande, os candidatos apresentam suas propostas de governo, com foco em habitação, proteção social e combate ao deficit habitacional. A seguir, destacamos as principais ideias de cada candidato.
Adriane Lopes (PP) - A candidata e atual prefeita Adriane Lopes promete expandir os programas de proteção social e habitação já implementados em sua gestão. Ela destaca a construção de 1.940 moradias e regularização fundiária de mais de 7 mil lotes como avanços significativos na atual administração.
Adriane planeja reduzir o deficit habitacional de mais de 30 mil imóveis, priorizando a construção de unidades habitacionais em áreas com infraestrutura consolidada, como no Centro, e programas de melhoria das residências em áreas regularizadas. Ela também propõe expandir o programa de aluguel social e replicar o projeto Vila dos Idosos, voltado para a locação subsidiada de idosos.
Beto Figueiró (Novo) - O candidato do Novo, Beto Figueiró, propõe um plano de habitação focado na sustentabilidade e também na regularização fundiária. Ele planeja realizar um levantamento das áreas ocupadas irregularmente e desenvolver políticas de legalização, mas a diferença é que ele pretende incentivar a construção de moradias populares com parcerias privadas.
Beto Figueiró também destaca a importância de práticas sustentáveis nos novos projetos habitacionais para reduzir os impactos ambientais e promover a transparência na gestão de recursos para a habitação.
Beto Pereira (PSDB) - Beto Pereira fala no mesmo número da atual prefeita: construção de 30 mil moradias populares. Ele não defende apoio de empresas privadas, mas ressalta a importância de parcerias entre governos federal, estadual e municipal para superar o deficit habitacional da capital.
Para alcançar essa meta, promete "buscar incessantemente recursos e parcerias para garantir moradias para a população mais vulnerável".
Rose Modesto (União Brasil) - Rose Modesto pretende expandir os programas habitacionais voltados para famílias de baixa renda, para acabar com favelas.
Entre as propostas, destaca-se a ampliação do aluguel social, especialmente para mulheres em situação de violência doméstica e social. Rose também busca ampliar os programas de construção de moradias acessíveis, promovendo a inclusão habitacional em Campo Grande.
Camila Jara (PT) - A candidata Camila Jara é outra a propor uma política habitacional mais inclusiva, com foco na regularização fundiária e combate à segregação socioespacial. Ela aponta que, apesar de uma intensa produção de novas moradias, a população de baixa renda continua sendo excluída do mercado imobiliário formal.
Camila propõe ampliar as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) e regulamentar instrumentos urbanísticos para coibir a especulação imobiliária, além de priorizar a regularização das ocupações precárias.
Jorge Batista (PCO) - O candidato do PCO, Jorge Batista, propõe a mesma política de apoio aos movimentos de moradia. Ele defende que a prefeitura não deve realizar reintegração de posse, mas sim garantir a documentação necessária para que as ocupações se transformem em moradias dignas.
Além disso, sugere a expropriação de imóveis de especulação imobiliária para distribuí-los entre os trabalhadores. É como se chama o processo legal pelo qual a prefeitura toma propriedade privada para fins públicos, mediante pagamento de indenização
Luso de Queiroz (PSOL) - Luso de Queiroz também foca no combate à especulação imobiliária e na revitalização do Centro de Campo Grande com habitação. Ele propõe a criação de novas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), a desapropriação de imóveis subutilizados e a ampliação da participação dos movimentos de moradia nas decisões do Conselho de Desenvolvimento Urbano.
Luso também defende a regularização das áreas urbanas ocupadas e melhorias na infraestrutura dessas regiões.
Ubirajara Martins (DC) - O candidato Ubirajara Martins aposta no uso do programa federal Minha Casa Minha Vida e vai mais longe, quer a criação de bancos de terras para a construção de habitações de interesse social.
Ele também pretende utilizar os instrumentos do Estatuto da Cidade para promover a regularização fundiária e a gestão adequada de terrenos ociosos.
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