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Política

Com rumor de renúncia, 2 vereadores articulam para assumir presidência

Antonio Marques | 24/09/2015 13:36
O presidente em exercício Câmara Flávio César (centro) diz que hipótese de renúncia do presidente afastado Mário César é especulação. (Foto: Marcos Ermínio)
O presidente em exercício Câmara Flávio César (centro) diz que hipótese de renúncia do presidente afastado Mário César é especulação. (Foto: Marcos Ermínio)

A sessão ordinária desta quinta-feirana Câmara Municipal foi tranquila no Plenário, mas nos bastidores foi marcarda por muitos rumores sobre o possível pedido de renúncia do presidente afastado da Casa, Mário César (PMDB), que seria apresentado hoje, informação negada pelo vereador Flávio César (PTdoB), que está na presidência interinamente.

Conforme Flávio César, até o presente momento não existe qualquer ação efetiva para que ele entregue o exercício da presidência, em razão de não existir pedido de renúncia, prerrogativa que cabe ao vereador Mário César. “São apenas especulações e não existe nada de concreto. Nossa preocupação neste momento é cumprir nosso papel no exercício da presidência”, afirmou.

Porém nos bastidores, alguns vereadores comentam que as negociações já estão em pleno vapor para uma possível disputa para a nova presidência da Casa. Dois candidatos estariam na frente para conseguir apoio e votos, caso Mário César renuncie à presidência, o próprio presidente em exercício Flávio César e o vereador João Rocha (PSDB), atual presidente da Comissão Permanente de Educação e Desporto, da recém-criada Comissão Permanente de Ética e Decoro Parlamentar e da Comissão Processante para analisar o cassação do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP).

Oficialmente tanto Flávio César como João Rocha não admitem que estariam conversando com os colegas sobre apoio numa possibilidade de assumir em definitivo a presidência da Casa até o final desta legislatura que se encerra em 31 de dezembro de 2016.

Flávio Cesar disse que não teria nada a declarar sobre a possibilidade de negociações para assumir a presidência da Câmara em um momento tão difícil para a Capital. “Tanto da minha parte como de qualquer outro vereador da Casa não se cogita isso. Não tem intenção no momento, até porque temos um presidente, que está afastado. Não existe nada em absolutamente neste sentido”, declarou.

O vereador João Rocha disse que a decisão de renúncia do presidente Mário César é de cunho pessoal e ninguém pode interferir nisso. “O presidente foi eleito e está sendo investigado, mas não há nada de concreto contra ele. Por isso, prefiro não opinar sobre isso”, comentou.

No entanto, sobre seu nome estar sendo citado nos bastidores para assumir a presidência, João Rocha disse que o melhor para a Casa, para fortalecer a Câmara, seria o consenso em vez de disputa. “Penso que os vereadores deveriam se reunir numa sala e escolher um nome, até porque o presidente Mário César está posto”, opinou.

João Rocha não admitiu estar arregimentando apoio para assumir a presidência, mas revelou que todos podem conversar sobre a possibilidade, uma vez que “todos têm condições de colocar o nome à disposição por ser um colegiado”, acrescentando que cada um tem um perfil diferente e “são nomes a serem escolhidos”.

Nos bastidores o comentário é que Rocha teria o apoio da vice-governadora Rose Modesto, ex-vereadora da Casa. Ela estaria conversando com os vereadores no sentido de fortalecer o nome do companheiro de partido para assumir a presidência da Câmara. O Campo Grande News ligou à vice-governadora para confirmar os fatos, mas o celular emitiu mensagem de caixa postal.

Caso chegue à Mesa Diretora a carta de renúncia do presidente afastado, a eleição na Casa deve acontecer na sessão seguinte.

Outro fato comentado no final da sessão é que a hipótese de renúncia de Mário César estaria descartada por seus advogados e que ele deve falar brevemente sobre o assunto. “Ele vai falar na hora certa”, declarou um funcionário da Casa que pediu para não ser identificado.

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