Mário César entra com novo recurso para voltar à Presidência da Câmara
O presidente afastado da Câmara Municipal, Mário César (PMDB), entrou com novo recurso, um agravo regimental, para tentar retornar ao cargo. O principal argumento usado pelos advogados é de que não existe risco de que ele retornando à Câmara possa prejudicar o andamento das investigações do MPE (Ministério Público Estadual) sobre a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) em março do ano passado.
No recurso os advogados Leonardo Saad Costa e Rafael Medeiros Duarte argumentam que o relator do caso, desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, não apresenta argumentos claros e concretos para decidir pelo afastamento de Mário César, bem como a proibição dele se aproximar da Câmara Municipal.
Como para afastar Mário César da presidência da Câmara o desembargador aceitou vários argumentos do MPE, entre eles a de que na sessão que tratou da abertura da CPI para apurar a conduta do prefeito Gilmar Olarte “foram rejeitados vários outros pedidos de investigação tendo por objeto outras condutas atribuídas ao prefeito”, os advogados defendem que tivessem sido afastados então todos os vereadores que votaram contra a abertura da investigação.
No entendimento dos advogados, no pedido de afastamento de Mário César o MPE se baseia somente nas escutas telefônicas. “O que existe são apenas ilações do Ministério Público Estadual”, afirmam. Até o final da tarde, o agravo regimental ainda não havia sido analisado pelo desembargador.