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Economia

Desigualdade salarial cai em MS, mas homens ainda ganham 25% a mais que mulheres

Dados do Relatório de Transparência Salarial do governo federal, e apontam redução de 1,79% na diferença

Por Ketlen Gomes | 11/04/2025 17:54
Desigualdade salarial cai em MS, mas homens ainda ganham 25% a mais que mulheres
Lançamento do 3° Relatório de Transparência Salarial do governo federal. (Foto: Matheus Itacaramby)

Em Mato Grosso do Sul, homens ainda recebem, em média, 25,3% a mais que as mulheres. Os dados são do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado pelo governo federal. Apesar da disparidade, houve uma redução de 1,79% em relação à última pesquisa, realizada em setembro de 2024.

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Em Mato Grosso do Sul, a diferença salarial entre homens e mulheres é de 25,3%, segundo o 3º Relatório de Transparência Salarial do governo federal. A média salarial das mulheres é de R$ 2.919,14, enquanto a dos homens é de R$ 3.909,03. Apesar da redução de 1,79% na desigualdade, a disparidade ainda é significativa, especialmente para mulheres negras, que recebem menos que a média nacional. O relatório destaca um aumento de 18,2% na participação de mulheres negras no mercado formal. O governo federal lançou um plano para promover igualdade salarial e laboral entre os gêneros.

Conforme o levantamento, a média salarial das mulheres no Estado é de R$ 2.919,14, enquanto a dos homens chega a R$ 3.909,03. Mato Grosso do Sul apresentou queda na desigualdade, ao contrário da média nacional, que registrou aumento de 0,18% na diferença salarial entre os sexos.

Em nível nacional, a diferença é de 20,87%. O relatório também aponta outras desigualdades, como a que afeta mulheres negras, que recebem, em média, R$ 2.864,39 no Brasil. Já as mulheres não negras têm rendimento médio de R$ 4.661,06.

No Estado, a situação é ainda mais desigual. Mulheres negras recebem, em média, R$ 2.551,45, abaixo da média nacional. Já as mulheres não negras ganham R$ 3.465,76 por mês, diferença de 26,4% entre os dois grupos — superior à disparidade entre homens e mulheres.

O relatório, por outro lado, traz um dado positivo: o aumento da participação de mulheres negras no mercado de trabalho. Houve crescimento de 18,2%, passando de 3,2 milhões para 3,8 milhões de trabalhadoras com vínculo formal.

Entre os estados com menor desigualdade salarial estão Pernambuco (9,14%), Acre (9,86%), Distrito Federal (9,97%) e Piauí (10,04%). Na outra ponta, os maiores índices de disparidade foram registrados no Paraná (28,54%), Espírito Santo (28,53%), Santa Catarina (27,96%) e Rio de Janeiro (27,82%).

Na última terça-feira (8), o governo federal publicou no Diário Oficial da União uma portaria conjunta que institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Homens e Mulheres. A iniciativa envolve 11 ministérios e tem como objetivo ampliar a presença feminina no mercado de trabalho, garantir permanência, promover ascensão a cargos de liderança e combater a discriminação no ambiente profissional.

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