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Política

Comissão descarta afastar vereadora por declaração “infeliz” ao MPE

Michel Faustino | 19/11/2015 17:12
Luiza foi duramente criticada e alvo de ação dos colegas por conta das declarações da parlamentar ao MPE (Ministério Público Estadual) em que fez acusações a vereadores e lideranças partidárias da Capital sem provas. (Foto: Marcelo Calazans/Arquivo)
Luiza foi duramente criticada e alvo de ação dos colegas por conta das declarações da parlamentar ao MPE (Ministério Público Estadual) em que fez acusações a vereadores e lideranças partidárias da Capital sem provas. (Foto: Marcelo Calazans/Arquivo)

A Comissão de Ética da Câmara Municipal, que investiga os nove vereadores por quebra de decoro, em decorrência de terem suas condutas questionadas pelo inquérito da operação Coffee Break, descartou a possibilidade de afastar a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), por conta das declarações da parlamentar ao MPE (Ministério Público Estadual) em que fez acusações a vereadores e lideranças partidárias da Capital sem provas.

O vereador João Rocha, presidente da Comissão de Ética, declarou que com a apresentação da denúncia, o processo seguirá todos os trâmites necessários, como ampla defesa e contraditório, assim como está sendo assegurado aos demais parlamentares que também estão sendo analisados pela Comissão de Ética, no entanto, não existe possibilidade de afastamento.

“O processo vai ser longo. Vamos garantir todos os direitos de defesa e com certeza a decisão final ficará só para o ano que vem. Vale destacar que nenhum vereador pediu o afastamento da vereadora Luiza, e por isso já descartamos essa possibilidade. Sempre respeitamos seu comportamento como parlamentar dentro e fora do Plenário, porque prezamos pela liberdade de expressão. A cassação é a última instância de penalidade a ser aplicada, mas isso nunca aconteceu na Câmara Municipal”, disse.

Depoimento da discórdia – Luiza foi duramente criticada pelos colegas que inclusive cobraram punição da Comissão de Ética pelas declarações, sem provas, ao MPE no âmbito da operação Lama Asfáltica. Em seu depoimento, a vereadora aparece dizendo que os vereadores recebiam “mensalinho” desde a gestão do prefeito Nelson Trad Filho.

O depoimento de Luiza Ribeiro ao MPE foi gravado em vídeo que, deveria ser sigiloso em razão do processo da Lama Asfáltica tramitar em segredo de justiça, vazou à imprensa e tornou as declarações públicas.

Luiza Ribeiro declarou por várias vezes que não teve a intenção de prejudicar os colegas ou qualquer liderança política, que suas declarações ocorreram dentro de um inquérito em curso e que caberia aos promotores a investigação.

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