Deputados articulam formação de novos blocos políticos
Com a ruptura e mudança dos atuais blocos, novos grupos devem ser formados a partir de fevereiro
Os deputados estaduais planejam formar novos blocos políticos na Assembleia, após o retorno das atividades em fevereiro, quando acabar o recesso parlamentar. Houve um “racha” no chamado G-10 no ano passado, e aqueles que saíram do grupo querem ter novo espaço na Casa de Leis.
No ano passado, a Assembleia se dividiu entre os blocos G-10 e G-9, além da bancada do PSDB com cinco integrantes. Esta divisão em grupos facilita a formação das comissões da Casa, assim com os espaços na mesa diretora e até na definição de eventuais CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Logo depois da eleição de 2018, antes de assumirem seus mandatos, os “novatos” da Assembleia criaram o G-10, para indicar dois representantes em cada comissão, além de conseguir três cargos na mesa diretora. O grupo tinha alguns “experientes” como Londres Machado (PSD), Carlos Alberto David (sem partido) e Herculano Borges (SD).
No entanto ao longo do mandato surgiram “divergências” entre os integrantes, já que alguns alegaram falta de espaço e até não serem consultados por decisões do grupo político. O primeiro a sair foi João Henrique Catan (PL), que não teve o apoio para continuar na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação).
Saídas - No final de setembro houve “nova debandada” do G-10, com as saídas de Neno Razuk (PTB), Evander Vendramini (PP), Carlos Alberto David (sem partido) e Lucas de Lima (SD). Eles alegaram busca por “independência” e “mais espaço”. Também já divulgaram que irão articular um novo bloco para 2021, no começo das atividades.
Já o chamado G-9, que eram em maioria dos deputados mais “antigos”, também pode sofrer mudanças com entradas de alguns integrantes e saída de outros, já que haverá uma reformulação dos grupos. A bancada do PSDB deve continuar a parte, já que com cinco integrantes, tem direito de indicar representantes em todas as comissões.
A articulação dos novos blocos e formação das comissões deve ocorrer na primeira semana de fevereiro, logo depois do início das atividades. Em um ano sem eleição, a busca por mais espaço dentro do legislativo deve ser prioridade dos parlamentares.