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Política

Deputados chamam ministro de “picareta” por não cumprir acordo

Leonardo Rocha | 29/10/2013 12:43
Deputado diz que ministro foi picareta, pois andou de helicóptero, prometeu solução e não resolveu nada (Foto: Divulgação)
Deputado diz que ministro foi picareta, pois andou de helicóptero, prometeu solução e não resolveu nada (Foto: Divulgação)
Caseiro destacou que o ministro será responsável por  qualquer morte ou incidente que acontecer no conflito (Foto: Divulgação)
Caseiro destacou que o ministro será responsável por qualquer morte ou incidente que acontecer no conflito (Foto: Divulgação)

Os deputados estaduais criticaram na sessão de hoje a falta de ação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que após vir a Campo Grande e garantir que haveria uma solução aos conflitos indígenas, simplesmente deixou as negociações paradas. Ele foi acusado de não ter palavra e ainda foi chamado de “picareta” pelos parlamentares.

“Andou de helicóptero sobre as áreas em conflito, fez reunião fechada com os índios e garantiu que iria resolver, ficou só na conversa, para mim foi um picareta”, destacou Paulo Corrêa (PR).

Discurso foi seguido pela deputada Mara Caseiro (PT do B) que além de repetir a expressão e definir o ministro como “picareta” ainda destacou que qualquer morte ou incidente será de sua responsabilidade. “Ele vai ter que arcar com as consequências, vai ficar na sua conta, se for desta forma não precisa voltar aqui”, declarou.

Até o deputado Laerte Tetila (PT), que é colega de partido do ministro, não poupou críticas e disse que “se ele fosse sincero com sua consciência” cumpriria sua palavra empenhada na sua visita ao Estado.

Impotência – O deputado Junior Mochi (PMDB) destacou que a falta de ação do governo federal passa a sensação de “impotência” aos produtores rurais que tem suas terras invadidas e não tem a quem recorrer. “Já fizemos mais de dez reuniões aqui, fomos a Brasília e nada foi feito, um desrespeito total sobre o assunto”.

Evento – O deputado Lídio Lopes (PEN) que iniciou a discussão no plenário, destacou que na época da Copa do Mundo, quando a Força Nacional irá fazer uma “patrulha” na zona de fronteira, eles já poderiam vir agora para cuidar da entrada de índios “paraguaios” no país, justamente para participar das invasões. “Poderiam cooperar conosco”.

Relato – Já Mara Caseiro (PT do B) relatou que no último sábado recebeu uma ligação de um produtor rural do município de Iguatemi que estava desesperado em função de uma possível invasão na fazenda São José.

“Ele estava chorando me pedindo ajuda e socorro, liguei para o secretário de segurança, mas nada foi feito, fiquei decepcionada como deputada não poder ajudar e manter a ordem no Estado”.

Caseiro ainda definiu a situação como uma guerra civil entre índios e brancos, sem que haja qualquer intervenção das autoridades competentes. “Não existe mais direito a propriedade, legalidade jurídica, estamos todos sem saída e sem poder ajudar neste conflito que não tem prazo para acabar”.

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