Deputados dizem que “judicialização” atrapalha e prejudica Capital
Os deputados estaduais afirmaram que esta “judicialização” sobre o processo de cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) atrapalha a cidade e torna a relação da prefeitura com os vereadores mais "instável" do que antes. Eles ainda alegam que a população assiste ao conflito sem entender nada.
“A falta de entendimento entre os poderes gera esta interferência do judiciário, ao invés de resolverem entre eles, agora caberá a um juiz decidir sobre o assunto, a população sai prejudicada”, destacou o deputado Cabo Almi (PT).
O deputado Lídio Lopes (PEN) ressaltou que a capital do Estado não precisava passar por estes problemas administrativos, por falta de diálogo com a Câmara. “A população precisa ter uma reflexão sobre esta situação, a cidade está parada vendo este conflito”.
Já Laerte Tetila (PT) destacou que falta de cooperação dos dois poderes gera esta “instabilidade” política. “Faltou o princípio de harmonia, que deve estar acima de interesses próprios e partidos políticos, para a sociedade esta briga não interessa”.
O líder do governo, o deputado Junior Mochi (PMDB), salientou que esta disputa judicial deixa a cidade em situação “ruim” e que a população não entende os fatores para que o processo (cassação) seja suspenso e depois volte a funcionar. “Não há explicação sobre o que esta acontecendo, a população fica perdida”.
Somente o deputado Pedro Kemp (PT) destacou que esta disputa não atrapalha o andamento dos trabalhos e as condições da cidade. “A Câmara faz o trabalho dela e o executivo se entender necessário recorre à justiça para se defender”, apontou.
Justiça – Na madrugada, por volta da 1h da manhã, o desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva, concedeu liminar, a pedido da Câmara Municipal da Capital, e suspendeu a decisão concedida ontem à tarde por Hidelbrando Coelho Neto, que suspendia os trabalhos da Comissão Processante.
Com esta decisão, os depoimentos e ações da Comissão continuam sem nenhuma alteração. O prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou ao Campo Grande News que “não consegue entender” como um recurso é concedido durante a madrugada e ainda voltou a criticar a Comissão Processante dizendo que ela analisa os mesmos pontos debatidos na CPI do Calote.