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Política

Deputados tiram uma semana de "folga" para pedir voto

Presidente da Alems, deputado Gerson Claro, garantiu que a medida não prejudicará os trabalhos legislativos

Por Fernanda Palheta | 24/09/2024 12:44
Proposta de suspensão foi apresentada pela mesa diretora da Assembleia Legislativa e aprovada na sessão desta terça-feira (24) (Foto: Reprodução/ Alems)
Proposta de suspensão foi apresentada pela mesa diretora da Assembleia Legislativa e aprovada na sessão desta terça-feira (24) (Foto: Reprodução/ Alems)

As sessões ordinárias da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) dos dias 1°, 2 e 3 de outubro foram suspensas. A "folga" na véspera das eleições municipais, marcada para o dia 6 de outubro, foi aprovada pelos deputados estaduais em votação simbólica nesta terça-feira (24).

Proposta pela mesa diretora da Casa Leis, a medida também prevê a suspensão da reunião da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) do dia 2 outubro, mas o presidente da Alems, o deputado estadual Gerson Claro (PP), garantiu que não haverá prejuízos ao trabalho legislativo.

Para não atrapalhar os trabalhos, Claro vem reforçando o pedido de empenho dos colegas para as votações desde a semana passada. Além de apressar a votação de propostas importantes, como o Projeto de Lei 207/2024, que antecipa a etapa de habilitação das licitações, que deve tramitar na Casa de Leis e ser aprovada em menos de uma semana.

"Muita gente perguntou se iríamos fazer [a suspensão] de uma maneira a não ficar clara, nós não temos nada a esconder. A suspensão é sem prejuízo aos trabalhos. Não faremos às escondidas", disse o presidente. Para justificar a decisão, Claro ainda citou outras casas legislativas em que a "folga" é ainda maior. "Aqui decidimos suspensão de três sessões", finalizou.

O deputado estadual Jamilson Name (PSDB) foi categórico ao dizer que vai aproveitar o período para pedir voto para os tucanos e participar de agendas de campanha no interior.

O deputado estadual Paulo Duarte (PSB), ressaltou que a decisão está sendo tomada de forma transparente. "Se a gente olhar o Congresso Nacional eles têm o recesso branco, para todos os efeitos não tem pausa, mas não tem ninguém lá. Nós estamos informando a sociedade", disse. Duarte ainda afirmou que o período será de muito trabalho. "Não é recesso para os deputados tirarem férias, vamos estar trabalhando. Eu mesmo vou para cinco cidades", completou.

Para deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), a suspensão é necessária. "Todo mundo sabe que o parlamentar além de votar projetos tem que participar da atividade política e a eleição faz parte desse processo", explicou. O tucano ainda destacou que todos os parlamentarem tem base eleitoral no interior. Com a esposa candidata à prefeita de Bataguassu, Wanderleia Caravina (PSDB), ele conta que irá concentrar as agendas na cidade e região.

O deputado estadual Carlos Alberto David, o Coronel David (PL), ressaltou que a véspera das eleições é o momento mais importante da disputa e a suspensão será usada para fortalecer a campanha do partido e de aliados em Campo Grande e no interior. Na reta final da eleição, o parlamentar vai percorrer 15 cidades. "Não vai ser negativo, o trabalho legislativo vai continuar sendo feito, até porque o deputado parlamenta mais fora do que dentro da Assembleia", afirmou.

Único contrário, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) acredita que seria possível conciliar as agendas. "Eu acho desnecessário porque temos sistema de votação online. Por mim faria sessão normalmente, mas houve entendimento da maioria", detalhou. Apesar de ser contra, o petista não se manifestou na votação e confessou que já que não terá sessão irá concentrar todos os esforços na campanha de Campo Grande, na qual é coordenador. "Não vou reclamar", concluiu.

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