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Política

Deputados vão à polícia alegando que exposição tem apologia à pedofilia

Mostra está em no Museu de Arte Contemporânea desde junho, mas parlamentares questionaram obra nesta quinta-feira, dia 14

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 14/09/2017 12:58
Parte da obra questionada exposta no Maco. (Foto: Divulgação)
Parte da obra questionada exposta no Maco. (Foto: Divulgação)
Deputados Paulo Siufi, Coronel Davi e Herculano Borges, com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, no centro. (Foto: Assessoria)
Deputados Paulo Siufi, Coronel Davi e Herculano Borges, com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, no centro. (Foto: Assessoria)

Três deputados estaduais de Mato Grosso do Sul foram até a DPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente) para denunciar a exposição Cadafalso, da artista plástica mineira Alessandra Cunha Ropre, em cartaz no Marco (Museu de Arte Contemporânea).

Nesta quinta-feira, dia 14, alguns parlamentares disseram que a exposição apresenta entre outras coisas, cenas de pedofilia e de masturbação. No entanto, a mostra está no museu desde junho.

Quem levantou o tema na Assembleia Legislativa foi o deputado Lídio Lopes (PEN). Ele disse que questionava uma exposição do Santander Cultural, em Porto Alegre, que acabou cancelada sob a acusação de fazer promoção de pedofilia, zoofilia e blasfêmia, e recebeu fotos com a mensagem: “Você está criticando essa exposição de arte, mas tem outra pior acontecendo em Campo Grande”.

Herculano Borges (SD), Coronel David (PSC) e Paulo Siufi (PSC) foram até a delegacia. O titular Paulo Sérgio Lauretto afirmou que vai ainda nesta tarde até o Marco para verificar o conteúdo das imagens.

O boletim registrado é por apologia ao crime. De acordo com Coronel David, a obra é uma "agressão à família, aos bons costumes e à moral". Ele cita que a exposição recomenda público com idade superior a 12 anos, mas não restringe.

Para o parlamentar, o conteúdo deveria ser exposto em local com acesso restrito, não em locais públicos como o Marco, onde costumam ir estudantes em visitação.

A ação de ir à polícia, justifica, é porque a mostra vai até domingo, dia 17, portanto, uma medida urgente precisava ser aplicada.

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