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Política

Discursando para tucanos, Eduardo Leite "convoca" governador de MS

Governador do RS é pré-candidato a presidente e ressaltou importância do chefe do Executivo

Nyelder Rodrigues | 11/09/2021 12:30
Militância do PSDB em MS compareceu em peso para o evento realizado na sede do partido, em Campo Grande (Foto: Eduardo Coutinho/Segov)
Militância do PSDB em MS compareceu em peso para o evento realizado na sede do partido, em Campo Grande (Foto: Eduardo Coutinho/Segov)

O governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) ressaltou a importância do sul-mato-grossense Reinaldo Azambuja para o ninho tucano nacional e o "convocou" para a disputa eleitoral de 2022, quando encerra seu segundo mandato de governador e pode concorrer a cargos no Legislativo - como senador e deputado federal.

"Não vamos tolerar que o Azambuja encerre o mandato e vá para casa. O Brasil precisa de você. Te quero ao meu lado para transformar o País a partir de 2023", discursou Leite em Campo Grande, onde participou nesta manhã de evento relacionado às prévias do partido para definir o candidato a presidente da República.

Durante a fala, Leite fez questão também de ressaltar a importância e influência na gestão estadual do atual chefe de Obras e ex-secretário de Governo, Eduardo Riedel, tido como Plano A do PSDB para a sucessão de Reinaldo no ano que vem.

"O Riedel teve um grande impacto para o Estado conseguir se adequar a realidade que estava ali imposta, sendo um nome importante para essa gestão e, por isso, merece agora figurar como o nome ao Governo em 2022", frisa.

Eduardo Leite é governador do RS e é um dos principais nomes tucanos no país (Foto: Eduardo Coutinho/Segov)
Eduardo Leite é governador do RS e é um dos principais nomes tucanos no país (Foto: Eduardo Coutinho/Segov)

Já Reinaldo, que durante sua fala aproveitou para pedir um minuto de silêncio em homenagem às vítimas que morreram em decorrência da covid-19, também destacou que bons gestores possuem predicados como os de Leite, que de acordo com ele teve a capacidade de recuperar o Rio Grande do Sul em vários pontos.

A fala do governador de Mato Grosso do Sul aconteceu pouco antes da fala do gaúcho, que confirmou ao público que o principal incentivador da candidatura dele nas prévias tucanas foi justamente Reinaldo. "Uma das melhores pessoas que conheci na política", elogiou Leite, sob aplausos e o balançar de bandeiras LGBTQIA+.

"Existe um clima de desconfiança que impacta negativamente no País. Precisamos de pessoas com o equilíbrio do Eduardo para enfrentar esse momento", afirmou Reinaldo, momentos depois completado por Eduardo Leite sobre a importância de se quebrar a atual polaridade vista na política nacional.

Segundo o gaúcho, se referindo ao bolsonarismo e ao lulopetismo, a polarização dividiu o Brasil em um campo político com projeto familiar, enquanto o outro já concorreu várias vezes e não conseguiu acrescentar nada.

Governador Reinaldo Azambuja foi peça central na pré-candidatura de Eduardo Leite à presidência (Foto: Eduardo Coutinho/Segov)
Governador Reinaldo Azambuja foi peça central na pré-candidatura de Eduardo Leite à presidência (Foto: Eduardo Coutinho/Segov)

Demais presentes - Quem também discursou foi o secretário Eduardo Riedel, mais uma vez se posicionando contra a polarização política, dizendo que o Brasil não pode ficar refém dela. "O País precisa desse debate, dessa discussão, além desses dois polos que aparecem mais hoje. O Eduardo Leite aparece com propostas".

O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, o presidente regional do PSDB, Sérgio de Paula, e o deputado federal Beto Pereira, ambos tucanos, assim como o prefeito de Ponta Porã Hélio Peluffo, também falaram à plateia em discurso dividido entre elogios à gestão Reinaldo e apoio à candidatura de Leite.

"Ele [Eduardo Leite] tem agora o trabalho de convencer a militância do PSDB nessas prévias a escolher por o nome dele e depois de convencer o Brasil inteiro a votar nele nas eleições. É um trabalho bastante difícil", frisa Corrêa.

Por fim, Beto Pereira salientou que missão do PSDB hoje é reorganizar o País diante da crise institucional em que se instaurou, enquanto Peluffo pediu para que Leite, em sua plataforma, coloque questões internacionais e de fronteira em pauta.


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