Ex-presidentes da Câmara de Aquidauana são suspeitos de fraudar contratos
Equipes do Gaeco cumprem mandados na casa de dois vereadores e no prédio do Legislativo
RESUMO
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O Gaeco realizou operação em Aquidauana, cumprindo mandados na casa de dois vereadores e na Câmara Municipal. A investigação apura esquema de corrupção e superfaturamento em contratos de publicidade do ano passado, envolvendo os ex-presidentes da Câmara, Wezzer Lucarelli e Nilson Pontim, ambos do PSDB. Foram recolhidos computadores e documentos na Câmara e nas casas dos vereadores.
Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) fazem operação em Aquidauana, a 141 quilômetros de Campo Grande, cumprindo mandados na casa de dois vereadores e na Câmara Municipal da cidade. Contrato de R$ 500 mil, firmado para publicidade, é um dos alvos da ação.
Em nota, o MPMS informou que Operação Ad Blocker também cumpre mandados em Campo Grande. A investigação, segundo ministério, aponta existência de indícios de fraude a processos licitatórios, envolvendo agentes políticos, servidores da Câmara Municipal de Aquidauana e empresário do ramo publicitário.
"Pela contratação, a referida Câmara de Vereadores já pagou valor milionário nos últimos três anos e a execução do contrato aponta para inúmeras fraudes, inclusive uso de supostos serviços para beneficiar interesse particular de agente público", explicou o MPMS.
Segundo apurado pela reportagem, dois dos alvos são os ex-presidentes da Câmara, Wezzer Lucarelli e Nilson Pontim, ambos do PSDB, reeleitos nas últimas eleições. A investigação apura esquema de corrução e superfaturamento em contratos de publicidade firmado por período de um ano.
O Gaeco está utilizando veículos descaracterizados para cumprimento dos mandados.
Na Câmara Municipal de Vereadores, as equipes recolheram computadores e documentos. E também foram às casas dos parlamentares, logo cedo.
O Campo Grande News entrou em contato com os vereadores.
Nilson Pontim diz que a abordagem do Gaeco é "legítima e se deu no estrito cumprimento do dever institucional de investigação". Diz que está tranquilo quanto aos atos praticados em sua gestão na presidência da Câmara Municipal e que irá colaborar plenamente co a investigação. "(...) todos questionamentos serão devidamente esclarecidos no momento oportuno, dentro dos trâmites legais".
Wilson Lucarelli respondeu e diz que há tempos atrás abriu mão do sigilo bancário e entregou dados ao MPMS para colaborar com a investigação. "Mas hoje eles entenderam, por bem, fazer buscas na minha residência". O vereador diz que não iria questionar ou fazer juízo da ação do MP, mas alega que o contrato de publicidade, alvo da apuração, teve licitação realizada com "cópia exata" de edital extraído do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
O vereador diz que o contrato passou por controle prévio e que ele, como presidente da Câmara, foi o único que publicou extratos diários.
Alusão - O nome dado à operação faz referência à tradução do inglês para o português - bloqueador de anúncios - exprimindo a própria finalidade da apuração dos fatos, diz MP.
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#matéria atualizada dia 29 para inclusão do retorno do vereador Nilson Pontim.