Duarte vê PT e PMDB separados na maioria dos Estados: "Não é só MS"
O presidente eleito do PT de Mato Grosso do Sul, Paulo Duarte, constatou hoje, em São Paulo, durante encontro nacional da direção do partido com os novos dirigentes estaduais, que na maioria das 27 unidades da federação haverá disputa com o PMDB. “O próprio ex-presidente Lula, fazendo relato, informou que vai ter disputa do PT com o PMDB em vários estados”, revelou Duarte, que participou do encontro juntamente com outros 24 dos 27 novos presidentes estaduais petistas no Hotel Mercure/Sofite, no Ibirapuera.
Segundo ele, petistas e petistas estarão em palanques diferentes na disputa pelos governo de 15 a 20 Estados. As situações mais emblemáticas, conforme Duarte, são as de Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e possivelmente no Maranhão. “Não é só em Mato Grosso do Sul que não se repete a aliança nacional entre PT e PMDB”, disse.
Lula e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, ouviram de Paulo Duarte também a informação de que em Mato Grosso do Sul o partido tem “diálogo” com o PSDB. “Falei que sabemos que muitas questões precisam ser superadas e que há dificuldade, todo mundo sabe, na aliança com o PSDB, mas não há imposição de vetar esta ou aquela aliança”, declarou Duarte, que também é prefeito de Corumbá. “E não se trata de conversa só com PSDB, vamos conversar com outros partidos”, acrescentou.
Paulo Duarte vislumbra um quadro de dificuldades na conquista de aliados no plano local. “Na hora de disputar ninguém quer saber. Todo mundo acha que tem condições. Há um quadro, nos principais Estados, de disputa entre partidos que são aliados em nível nacional”, argumentou. “Alianças nacional não é automática para se repetir nos Estados”, ponderou.
Olhar especial – Durante o encontro do PT em São Paulo, Lula e Rui Falcão teriam destacado, segundo Paulo Duarte, que a direção nacional vai ter um “olhar especial” com as novas direções estaduais. “A intenção é criar um canal de comunicação direto para saber o que está acontecendo em cada Estado”, informou Duarte.
A direção nacional também teria feio análise de que não é momento de definir alianças. “Muita coisa ainda está por acontecer. Vamos conversar com todo mundo. Essa foi a orientação de Lula e Rui Falcão”, destacou o presidente do PT sul-mato-grossense.
Na opinião de Paulo Duarte, no caso do Estado, é preciso muito diálogo sem pressa para definição. “Vou conversar com todos os partidos e não ter precipitação”, avisou. Indagado sobre o momento ideal para selar as alianças, ele respondeu: “Depois de março, no segundo trimestre”.