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Política

Em oitiva de Dilma, Moka prefere não perguntar e defende impeachment

Nyelder Rodrigues | 29/08/2016 23:15
Senador do MS adotou estratégia de não fazer perguntas à Dilma na oitiva (Foto: Divulgação/Arquivo)
Senador do MS adotou estratégia de não fazer perguntas à Dilma na oitiva (Foto: Divulgação/Arquivo)

O senador sul-mato-grossense Waldemir Moka (PMDB) preferiu não fazer perguntas à presidente afastada Dilma Rousseff (PT) durante a oitiva dela, realizada nesta noite de segunda-feira (29) no Senado Federal, em Brasília (DF). Ainda assim, Moka defendeu o impeachment de Dilma.

Segundo o senador, ele optou em não perguntar nada à presidente pois teria apenas cinco minutos para isso, enquanto a respostas viria em tempo ilimitado e sem direito a réplica. "Ela respondia o que queria e não tinha como contraditar. Então disse que estava ali para ouví-la apenas e falei a questão do golpe", comenta.

Moka aproveitou o espaço para defender o impeachment e rebater as acusações de Dilma, que o processo se tratava de um golpe de Estado e que ela não cometeu nenhum crime. "Eu participei da comissão que instituiu esse processo, ouvimos 40 testemunhas, agora foram mais sete, e acho que cada senador já tem opinião formada se os atos dela foram ou não crime".

Dilma se defende afirmando que as chamadas "pedaladas fiscais" ou "contabilidade criativa" foram feitas por outros governos, e que não se configura em crime de responsabilidade fiscal. "Eu não tenho dúvida da existência do crime", frisa Moka, que aponta o Plano Safra como um exemplo.

"Há argumento deles que não cometeu, e há argumentos muitos sólidos do TCU (Tribunal de Contas da União) em que se constatou que no Plano Safra, o governo dela ficou três anos sem pagar taxa de equalização ao Banco do Brasil", diz o senador, que amanhã (30), inicia as discussões entre os parlamentares sobre a questão.

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