Empresários pedem diminuição de impostos e bancada federal cobra reforma tributária
Reunião na Associação Comercial marcou lançamento de Comissão para discutir assuntos tributários em MS
Responsáveis por 52% da renda de Mato Grosso do Sul, 79% dos empregos e 68% da arrecadação, representantes do setor empresarial do Estado cobraram na manhã de hoje, em reunião na Associação Comercial, no centro de Campo Grande, uma diminuição da carga tributária.
O encontro, que reuniu autoridades e empresários de MS, teve como marco o anúncio, pelo governador André Puccinelli (PMDB), da criação da Comissão Permanente de Assuntos Tributários, órgão que será vinculado à Secretaria de Fazenda do Governo Estadual.
A Comissão será responsável por discutir e encontrar soluções no que se refere à arrecadação de impostos no Estado, além de outros assuntos.
“Temos que achar um equilíbrio, não podemos deixar o Governo sem a arrecadação, e também temos que diminuir impostos para os empresários, incentivar o setor em MS”, comentou Roberto Oshiro, primeiro-secretário da Associação Comercial de Campo Grande.
Enquanto os empresários regionais cobram desoneração tributária, a bancada federal de MS lembra que a maior porte dos impostos é arrecadado pelo Governo Federal, e se faz necessária uma reforma em todo o Brasil.
“De cada R$ 100 arrecadados, R$ 66 ficam com a União, o que temos que fazer é discutir uma reforma tributária no Brasil, para equalizar um pouco a situação”, afirmou o senador Waldemir Moka (PMDB). “Um novo pacto federativo é imprescindível. Hoje, os Estados só tem o ICMS, se abaixar isso, o Mato Grosso do Sul, por exemplo, vai falir”, completou outro peemedebista, o deputado estadual Eduardo Rocha, que faz parte da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa.
Também presente na reunião com os empresários, o senador Delcídio do Amaral (PT), partidário da presidente Dilma Rousseff, comentou que é “importante reduzir a carga tributária em Mato Grosso do Sul como meio de atrair novas empresas”.
Segundo representante da Associação Comercial da Capital, a Comissão Permanente de Assuntos Tributários deve ser regulamentada nos próximos 60 dias, e começará os trabalhos ainda neste ano.