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Política

Enriquecimento ilícito teria tornado procurador da Câmara alvo do Gaeco

João Humberto e Michel Faustino | 19/05/2016 16:30
André Scaff ao deixar a Depac Centro, na tarde desta quinta (Foto: Marcos Ermínio)
André Scaff ao deixar a Depac Centro, na tarde desta quinta (Foto: Marcos Ermínio)

A investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em relação a André Scaff, ex-secretário municipal de Finanças e procurador jurídico da Câmara Municipal de Campo Grande, estaria ligada a indícios de enriquecimento ilítico. Informações apuradas pelo Campo Grande News indicam que sua evolução patrimonial nos últimos 12 anos vem sendo investigada.

Oficialmente, o Gaeco e o MPE (Ministério Público Estadual) não fornecem informações sobre o caso. Scaff foi preso pela manhã, na Câmara Municipal, depois que equipe do grupo encontrou munições calibre 38 em um imóvel pertencente a ele, e levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

O procurador foi solto por volta das 15h30, depois de pagar fiança. Ao sair, limitou-se a dizer que a ação do Gaeco se referia a questões pessoais, não estando relacionadas às operações Lama Asfáltica ou Coffee Break, estas sobre desvio de verbas públicas e suposto esquema de compra de vereadores para cassar o prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP).

Pelas informações extraoficiais, a evolução patrimonial de Scaff seria incompatível com seus rendimentos. O Gaeco procura saber de que forma o procurador obteve fortuna trabalhando na Câmara. O patrimônio estimado de Scaff é R$ 3 milhões sendo que seu salário é de R$ 25 mil.

Além da casa do procurador, o Gaeco investiga outros locais que não foram divulgados para não atrapalhar as buscas. Consta que o Gaeco cumpria mandados de busca e apreensão na casa do servidor público municipal quando foram encontradas 15 munições de revólver calibre 38.

* texto editado às 17h07 para correção de informações

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