Equipe tem “ficha suja”, condenado pela Justiça e acusado de homicídio
Nesta terça-feira (6) foram publicados no Diário Oficial do Estado os decretos que oficializam os nomes dos novos chefes de autarquias, fundações estaduais e também os comandantes interinos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Eles irão compor a administração do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) que está praticamente definida.
Entre os escolhidos para fazer parte da administração de Azambuja, estão o ex-prefeito de Porto Murtinho Nelson Cintra Ribeiro, condenado pelo TCE (Tribunal de Contas Estadual) por cometer diversas irregularidades em sua gestão enquanto prefeito. Renato Peixoto Glubert condenado pela Justiça há dois anos de reclusão em regime aberto por fraudar o sistema de abastecimento de energia elétrica de sua residência e Roberval Maurício Cardoso Rodrigues, que deve assumir o cargo de delegado-geral da Polícia Civil. Ele é acusado de ter cometido um homicídio em novembro de 2014.
Nomeado para assumir a Fundação de Turismo, Nelson Cintra Ribeiro, foi condenado por irregularidades nas prestações de contas pelo Pleno do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE/MS) em 2012.
Em 2010, enquanto prefeito, Cintra também foi condenado pelo TCE a devolver aproximadamente R$ 321 mil aos cofres públicos por irregularidades no processo de licitação para aquisição de materiais de construção. Outras duas condenações foram subsequentes e o valor a ser devolvido foi superior a R$ 1 milhão. Todas por irregularidades em licitação.
Renato Peixoto Grubert foi nomeado para assumir a Superintendência do Tesouro da Secretaria de Estado de Fazenda. Grubert foi condenado a 2 anos ( dois anos) de reclusão em regime aberto por “fraudar” o sistema de abastecimento de energia elétrica de sua residência localizada no município de Jardim, a 233 quilômetros de Campo Grande. Foi constatado que com a fraude ele deixou de pagar R$ 7.136,46 a concessionária.
Grubert recorreu da sentença, mas o recurso foi rejeitado e mantido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Já Roberval Maurício Cardoso Rodrigues deve assumir o cargo de delegado-geral da Polícia Civil. No entanto, legalmente, ele não pode ser nomeado porque se aposentou no mês passado e um delegado inativo não pode assumir o comando da DGPC. Contra ele, pesa a acusação de um homicídio ocorrido em novembro de 2014. Na época, em entrevista ao Campo Grande News ele assumiu que cometeu o crime em legitima defesa.
As nomeações contradizem o governador Reinaldo Azambuja, que tinha garantido a indicação de técnicos e políticos com a ficha limpa, sem condenações.
Nomeados - Além deles foram nomeados, o ex-prefeito de Sidrolândia Enelvo Iradi Felini para exercer o cargo de Diretor-Presidente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, Agraer. Wilton Melo Acosta foi escolhido para desempenhar a função de diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul, a Funtrab.
Édio de Souza Viegas para a função de Secretário-Adjunto da Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização.
Jader Riffe Julianelli Afonso como Secretário-Adjunto da Fazenda, função que já exercia no governo de André Puccinelli (PMDB). Renato Peixoto Grubert para desempenhar a função de Superintendente do Tesouro da Secretaria de Estado de Fazenda. Para o comando-geral da Polícia Militar foi nomeado interinamente o coronel Carlos de Santana Carneiro. Foi escolhido ainda o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar coronel José Antônio Pereira dos Santos, também interinamente.
A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) também passa a ter um chefe interino segundo nomeação publicada hoje. Trata-se do coronel Pedro Cesar Figueiredo de Lima. A Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul terá como diretor-presidente o jornalista João Bosco de Castro Martins.