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Política

Horas antes do julgamento, Siufi se diz “com consciência tranquila”

Deputado estadual terá recebimento de denúncia contra si apreciado pelo Órgão Especial do TJMS; caso surgiu em 2016

Humberto Marques e Leonardo Rocha | 21/02/2018 11:00
Siufi se disse tranquilo em relação às acusações. (Foto: Wagner Guimarães/Assembleia Legislativa)
Siufi se disse tranquilo em relação às acusações. (Foto: Wagner Guimarães/Assembleia Legislativa)

Prestes a ter recebimento de denúncia contra si julgado pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) por suposta participação nos fatos investigados na operação Coffee Break, o deputado estadual Paulo Siufi (MDB) disse estar “com a consciência tranquila”, já que garante não ter cometido nada ilegal. O parlamentar afirma que deixou a questão nas mãos dos advogados.

“Estou com a consciência tranquila, não fiz nada de errado e confio na Justiça. Tanto que deixei a questão nas mãos de meus advogados e não vou acompanhar”, afirmou Siufi na manhã desta quarta-feira (21), na Assembleia Legislativa. “Estou preocupado com a sessão agora e depois com os meus pacientes que estão esperando”.

A investigação da Coffee Break chegou ao TJMS graças ao foro privilegiado de Siufi –até então, o processo corria em primeira instância por envolver vereadores e ex-integrantes da Câmara da Capital, acusados de participação de um esquema para cooptação de apoio político no Legislativo de Campo Grande com participação do ex-prefeito Gilmar Olarte, visando a cassar o mandato do ex-prefeito Alcides Bernal (PP).

“Do dia da operação ate hoje não entendi como funcionou [a acusação]. Não concordo com denúncia, mas estou tranquilo”, prosseguiu Siufi, que era vereador da Capital à época dos fatos.

Acusações – Inicialmente previsto para o dia 7, o julgamento no Órgão Especial do TJ foi remarcado para esta quarta-feira a pedido a defesa de Siufi. Caso a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) seja aceita, o processo terá efetivamente início. Do contrário, vai para arquivamento.

Com denúncia apresentada em junho de 2016, o inquérito da Coffee Break supera as 40 mil páginas e envolve 24 denunciados, sob acusação de compra de votos para cassar Bernal.

As investigações envolvem crimes de associação criminosa e corrupção. A lista inclui o ex-governador André Puccinelli (MDB), o ex-prefeito Nelson Trad Filho (PTB), Olarte e os vereadores Otávio Trad (PTB), Carlos Augusto Borges (PSB), Gilmar da Cruz (PRB) e João Rocha (PSDB). Contra estes, a denúncia tramita na 6ª Vara Criminal de Campo Grande.

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