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Política

Joênia Wapichana, mulher indígena e deputada federal assumirá chefia da Funai

A partir de segunda (1), órgão passará a compor o organograma do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas

Cleber Gellio | 30/12/2022 22:08
Deputada federal e advogada, Joênia assumirá Funai (Foto: Câmara dos Deputados)
Deputada federal e advogada, Joênia assumirá Funai (Foto: Câmara dos Deputados)

A deputada federal e advogada Joênia Wapichana (Rede-RR) assumirá a presidência da Funai (Fundação Nacional do Índios) a convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula postou em sua conta no Twitter, uma foto junto com Joênia, ressaltando que pela primeira o órgão terá à frente a liderança de uma mulher indígena.

“Estive com Joenia Wapichana que assumirá a presidência da Funai em nosso governo. Pela primeira vez, finalmente teremos a Funai presidida por uma mulher indígena, dentro da estrutura do Ministério dos Povos Indígenas. Novos tempos para o Brasil”, escreveu.

Em resposta a deputada, eleita em 2018 e não se reelegeu para atual legislatura, publicou que que aceita o desafio.

Atualmente, a Funai está vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas a partir da próxima segunda-feira (1), quando Lula e seu vice, Geraldo Alckmin forem empossados, passará a compor o organograma do Ministério dos Povos Indígenas, pasta criada pelo futuro governo e que será chefiada por outra indígena, a deputada federal eleita Sônia Guajajara (Psol-SP).

Ontem (29), após nomear Sônia para o comando do novo ministério, Lula antecipou que indígenas também comandarão a Funai e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.

“Eles [indígenas] estão mais do que preparados para trabalhar nos seus problemas e resolver seus problemas”, afirmou o presidente eleito, manifestando estar “feliz” ao nomear a primeira ministra indígena da história brasileiro. “Falei com a Sônia Guajajara que [esta será] uma experiência nova, que todos nós temos que trabalhar para [nos] ajudar.”

Em sua conta pessoal no Twitter, Sônia escreveu que se sente honrada e feliz. “Mais do que uma conquista pessoal, esta é uma conquista coletiva dos povos indígenas, um momento histórico de princípio de reparação no Brasil. A criação do Ministério é a confirmação do compromisso que Lula assume com nós”.

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