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Política

Justiça suspende eleição e deixa PDT sem comando em Campo Grande

Aline dos Santos | 06/03/2012 10:56

Pedido foi aceito com base em denúncia de manipulação dos resultados

Eleição que reelegeu Paulo Pedra para comando do PDT municipal foi suspensa. (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)
Eleição que reelegeu Paulo Pedra para comando do PDT municipal foi suspensa. (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)

Em decisão liminar, a Justiça suspendeu o resultado das eleições em que o vereador Paulo Pedra foi reeleito presidente municipal do PDT. Desta forma, a sigla está sem comando em Campo Grande.

O pedido de nulidade foi feito pela chapa concorrente “Frente de Renovação”, encabeçada pelo advogado Paulo Renato Dolzan. Na última sexta-feira, o juiz Ricardo Galbiati, em substituição legal na Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, deferiu o pedido com base na denúncia de manipulação.

A eleição do diretório municipal do PDT foi realizada em 17 de dezembro, numa segunda tentativa. Inicialmente, a eleição aconteceria em 12 de novembro, mas foi suspensa por decisão judicial. Em seguida, houve um acordo. Contudo, Dolzan, após ser derrotado, alegou irregularidades.

De acordo com ele, o edital de convocação da convenção informava a existência de 3.056 filiados. Porém, no dia, foi exibida uma relação de apenas 2.952 nomes de eleitores filiados e aptos a participar e votar.

Além da redução, foram excluídos 241 eleitores filiados e, outros 173 novos nomes de filiados foram incluídos.

Dentre os excluídos, conforme a denúncia, havia membros integrantes da chapa que foi derrotada. No prazo de 15 dias, o PDT deverá apresentar cópias dos documentos relativos às novas filiações (inclusões) e exclusões de filiados ocorridas desde 27 de outubro de 2011.

Já o TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral) deve informar o número exato de filiados ao PDT em Campo Grande até 16 de outubro de 2011. E, em listas separadas, os nomes dos filiados cancelados ou excluídos, desde 27 de outubro até 17 de dezembro de 2011, bem como a lista de nomes dos incluídos nesse mesmo período.

Pedra foi eleito com 389 votos pela chapa 1 “Trabalhismo de verdade”, derrotando o concorrente da chapa 2 “Frente de Renovação”, que obteve 126 votos.

Para Paulo Dolzan, a entrega dos documentos vai comprovar as irregularidades e, por fim, será realizada uma nova eleição. “Para que a eleição desta vez, seja democrática. Hoje, o PDT municipal não tem legitimidade para qualquer ato”, afirma.

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