Lula anuncia ativista que atuou em MS para ministério e deixa Simone fora
Ministério do Desenvolvimento Social, cobiçado por senadora de MS, ficou com Wellington Dias
Não foi dessa vez que o nome de Simone Tebet (MDB-MS) foi anunciado para compor o ministério da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar da expectativa, já que o presidente eleito prometia revelar nomes de mulheres nesta quinta-feira (22). Na lista anunciada há pouco, a pasta pleiteada pela parlamentar, a do Desenvolvimento Social, ficou com o senador Wellington Dias.
Lula anunciou, ainda, a ex-secretária Nacional de Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, que atuou politicamente em Mato Grosso do Sul de 1998 a 2000 e o vice-presidente Geraldo Alckmin para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, acumulando funções.
O anúncio foi feito esta manhã na sede do governo de transição, no CCBB (Centro Cultura Banco do Brasil).
A lista completa divulgada esta manhã inclui outros nomes já divulgados anteriormente, como da cantora Margareth Menezes para o Ministério da Cultura e Nísia Trindade para o Ministério da Saúde.
Lula anunciou também Alexandre Padilha para Relações Institucionais; o ex-governador do Ceará e senador eleito, Camilo Santana (PT), para o Ministério da Educação; o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), ficará com o Ministério dos Portos e Aeroportos –fatia do atual Ministério da Infraestrutura; o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) foi o escolhido como ministro do Trabalho; Esther Dweck para o ministério da Gestão; Luciana Santos para o cargo de ministra da Ciência e Tecnologia; Anielle Franco para o ministério da Igualdade Racial e Silvio Almeida para o ministério dos Direitos Humanos.
Também foram anunciados Vinícius Carvalho para a Controladoria-Geral da União, Márcio Macedo para Secretaria-Geral e Jorge Messias para Advocacia-Geral da União.
Ainda há 16 ministérios que serão divulgados na semana que vem, depois do Natal.
MS – Havia expectativa para que Simone Tebet fosse anunciada para ministério, mas, até agora, não se concretizou.
Tebet teve papel crucial no segundo turno das eleições, declarando apoio à Lula e fazendo campanha em todo o País para angariar votos ao petista.
O nome ligado a Mato Grosso do Sul que irá compor o ministério foi o de Aparecida Gonçalves.
Embora seja paulista, natural de Clementina, Aparecida se considera sul-mato-grossense de coração e esteve por aqui de 1988 a 2000, quando tentou ser vereadora pelo Partido dos Trabalhadores.
Foi assessora técnica e política da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no Governo do Estado entre 1999 e 2000 e Assessora da Coordenadoria de Atendimento à Mulher da Secretaria de Estado de Assistência Social Cidadania e Trabalho, de 2001 a 2002, na gestão de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.
De 2003 a 2012 foi secretária nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Agora, na transição, segue no núcleo que tratará da pasta das mulheres.
Em 2019 Aparecida esteve na Assembleia Legislativa junto a então sub-secretária Especial de Cidadania, Luciana Azambuja, em reunião ampliada do Comitê Estadual de Combate ao Feminicídio. Ela também se fez presente quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) inaugurou a Casa da Mulher Brasileira, primeira delegacia 100% voltada para mulheres no Brasil à época.
A nomeação de Cidinha Gonçalves, como é conhecida, foi comemora há pouco na Assembleia Legislativa. "Com certeza vai fazer um excelente trabalho e orgulhar mato grosso do sul", disse o deputado Pedro Kemp (PT).
"Quero parabenizar também parabenizar a Cida, que é de um conhecimento e simplicidade. É muito importante para o Brasil e para Mato Grosso do Sul ter ela a frente desse ministério tão importante, que faça um excelente trabalho", comemorou a deputada Mara Caseiro (PSDB). (Colaborou Jhefferson Gamarra).