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Política

Mandetta pode ser a saída para manter a união entre PSDB e PMDB na Capital

Wendell Reis | 10/01/2012 10:19

Pré-candidato está no grupo do PMDB, mas tem afinidade com o PSDB

Deputado disputa preferência do PMDB com Giroto e Siufi(Foto: João Garrigó)
Deputado disputa preferência do PMDB com Giroto e Siufi(Foto: João Garrigó)

O deputado federal e pré-candidato a prefeitura de Campo Grande pelo DEM, Luiz Henrique Mandetta, tem grandes chances de emplacar a sua candidatura. Isso porque, a princípio, ele é o que está mais próximo de conseguir unir o PSDB e o PMDB nas eleições em 2012 na Capital. Para tanto, precisará de um bom jogo de cintura.

Mandetta é o único fora do PMDB que continua entre os candidatos incluídos nas pesquisas do grupo do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), ao lado do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB) e do deputado federal Edson Giroto (PMDB).

Contudo, mantém uma proximidade com o presidente estadual e pré-candidato do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, na expectativa de recriar o BDR (Bloco Democrático Reformista), formado pela aliança entre DEM, PPS e PSDB. Caso aceite a proposta e consiga ser o melhor nas pesquisas, Mandetta precisará convencer o PMDB a acompanhá-lo.

Em entrevista ao Campo Grande News, o presidente municipal do PSDB, Carlos Alberto de Assis, declarou que Azambuja é pré-candidato. Entretanto, admite que a única possibilidade de isso não ocorrer seria no caso da formação do BDR, onde pesquisas definiriam o candidato. “Se o Mandetta aceitar e for o melhor nas pesquisas, apoiaremos ele. Ai, se o PMDB quiser, vem junto”.

O PSDB não aceitou entrar no critério de pesquisas adotado pelo governador e pelo prefeito com a alegação de que Edson Giroto já seria o escolhido. Além disso, a candidatura de Azambuja é uma preparação de terreno para o objetivo principal de Azambuja, que é o de ser governador em 2014. PSDB, PMDB e DEM estiveram juntos pelo menos nas quatro últimas eleições em Campo Grande, ajudando a eleger e reeleger Trad e Puccinelli.

O deputado Luiz Henrique Mandetta entende que a escolha por pesquisa é importante, mas acredita que a capacidade de aglutinar e fazer uma frente ampla também é necessária. “A classe política está conversando entre si. Para ver o nome com maior capacidade de aglutinação. DEM e PSDB sempre tiveram entendimento muito bom. Eu e o Reinaldo somos companheiros de Câmara e estamos constantemente juntos pelo fato de DEM e PSDB estarem juntos, o que não quer dizer que o apoio é automático. Mas, há um bom espaço para esta eventual parceria. Ainda acredito em uma frente muito densa e ampla em torno do meu nome”.

O deputado Reinaldo Azambuja lembra que é possível formar o BDR, pois conversa bem com o PPS e DEM. Ele analisa que a proximidade entre PSDB e DEM passa pela esfera local e nacional. Entretanto, afirma que o momento é de conversa, para ver quem tem mais condições para ser o majoritário em uma possível campanha. “Ontem conversei bastante com o Mandetta sobre aliança e isso não é descartado. Mas, é pré-maturo. Temos três pré-candidatos e todos pleiteando”.

Em recente entrevista ao Campo Grande News o governador André Puccinelli declarou que gostaria de agregar o PSDB ao grupo. Mas, caso não consiga, quer contar com o partido em um eventual segundo turno. Neste caso, o embate poderia ser inevitável se PMDB e PSDB fossem os escolhidos pela população, o que deixaria o PT como peça fundamental na eleição.

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