Marun diz que decisão de André de não ser candidato “chocou” o PMDB
O deputado estadual Carlos Marun (PMDB) afirmou no começo da noite desta terça-feira (8) que a decisão do governador André Puccinelli de não disputar a vaga do Senado, optando por terminar seu mandato à frente do Estado, deixou o partido um pouco aturdido.
“A consolidação dessa decisão não é uma coisa que passe pelo partido sem nos chocar, choca o partido”, afirmou o ex-secretário estadual de Habitação, que deixou esse cargo para ser candidato a deputado federal.
Superado esse momento inicial de choque, Marun acredita que André voltará a liderar o PMDB para assegurar a continuidade de alianças que lhe garantiram a governabilidade. “Com o tempo, o governador assume comando do processo e vamos em frente”, avaliou.
Para ele, as perspectivas eleitorais do PMDB nas eleições deste ano em Mato Grosso do Sul são promissoras. “Temos candidatos muito bons. Estamos com muita esperança no Nelsinho e na Simone”, disse o peemedebista.
Afastamento do PR – o deputado Carlos Marun não acredita que o PR tenha se afastado do PMDB em decorrência da decisão do governador de não ser candidato e de Giroto de permanecer à frente da Secretaria Estadual de Obras, apesar de ter desfalcado a chapa proporcional dos republicanos. “Não teve afastamento. Há todo um choque do momento. André ficou e aí existe todo um processo de surpresa”, analisou.
Marun acredita que não apenas o PR continuará aliado ao PMDB, como será possível ganhar o apoio do PDT. Lembrando que o PDT já anunciou apoio ao senador Delcídio do Amaral (PT) na disputa pelo governo do Estado, Marun declarou: “Faltam três meses para conversar e muita coisa pode acontecer”. Acrescentou em seguida: “Tenho certeza que pelo menos um desses dois partidos fica conosco”.
Indagado sobre o PSB, do prefeito de Dourados, Murilo Zauith, recentemente assediado por Delcídio, o deputado do PMDB demonstrou confiança num entendimento com os socialistas. “Acho que também poderemos contar com o PSB”.
Observou, porém, que tanto no caso do PSB quanto do PSDB desdobramentos eleitorais podem surgir no Estado em razão do panorama nacional. “Não dá pra tocar como se vivêssemos na Bolívia. Em nível federal vai ser uma eleição muito disputada, com a honestidade das pessoas sendo questionado. Não creio em palanques duplos com radicalização forte da disputa presidencial”, opinou o parlamentar.