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Política

MS cobra Lula para reforçar investimentos na fronteira com PEC da Segurança

Vice-governador representou Mato Grosso do Sul em reunião com presidente da República nesta quinta-feira

Por Gabriela Couto | 31/10/2024 18:45
Vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD), durante pronunciamento na reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Reprodução)
Vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD), durante pronunciamento na reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Reprodução)

O vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD) participa da reunião dos governadores com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (31), no Palácio do Planalto.

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O vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, participou de uma reunião com o presidente Lula e outros governadores para discutir a PEC da Segurança. Barbosinha defendeu maior atenção aos estados de fronteira, como o seu, que sofrem com o alto índice de presos por tráfico de drogas e organizações criminosas. Ele também solicitou um ressarcimento para os custos do sistema prisional e criticou a falta de um sistema de segurança pública nacional unificado, incluindo um cadastro único de identidade e um banco de dados genético. Barbosinha também questionou a falta de bloqueio de sinal de celular em presídios e defendeu o fortalecimento da segurança nas fronteiras.

O encontro é o primeiro de uma série de reuniões entre o governo federal e os representantes dos estados para discutir a chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança que será encaminhada para o Congresso Nacional.

O governador Eduardo Riedel (PSDB) não participou do evento em Brasília (DF), porque está em trânsito, já que participou nos últimos dias do Lide Brazil Conference, em Londres. Barbosinha representa o Estado, com a experiência de ser o ex-secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública nos anos anteriores.

Na oportunidade, o vice-governador cobrou o presidente e solicitou que seja reconsiderado na minuta apresentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, uma atenção maior para os estados de fronteira, como Mato Grosso do Sul.

“Somos penalizados pela nossa eficiência. Hoje mais de 80% dos presos nas penitenciárias são do tráfico de drogas e das organizações criminosas. Eles deveriam estar nos presídios federais. Porque isso custa muito para os estados fronteiriços”, afirmou Barbosinha, cobrando um ressarcimento para o setor.

Ele aproveitou para fazer um comparativo com o efetivo da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que deve ser transformada em PO (Polícia Ostensiva) e da Polícia Federal, com o efetivo da Polícia Civil e Militar. “Temo que a mudança de PRF para Polícia Ostensiva desfalque ainda mais as nossas rodovias federais. Hoje temos uma integração das forças, mas o efetivo é diminuto”, ressaltou.

Além da questão relacionada à mudança de nomenclatura, o vice-governador defendeu um rearranjo do sistema de segurança pública nacional. “Temos que arrumar o sistema. É absolutamente impossível num país da dimensão do Brasil, ainda não ter cadastro único de identidade, de consulta de criminosos, de banco genética. Essa arrumação começa pelo processo que tem que ser de cima para baixo”.

Barbosinha aproveitou para questionar a falta de bloqueio dos sinais de celulares, próximo aos presídios. “Dá a impressão que as operadoras enxergam os presídios como negócio. As empresas tem que ser responsáveis por bloquear o sinal do sistema de comunicação. Me choca saber que hoje cada polícia tem sua antena”, lamentou.

Por último, ele reforçou o pedido de fortalecer o sistema de segurança. “Estamos praticamente desguarnecidos na fronteira. Guarnecer as fronteiras é um passo fundamental para o Brasil. Nós trabalhamos para o Brasil e para o mundo. Robustecer e fortalecer as fronteiras é fundamental para atingir o coração do crime organizado”.

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