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Política

Mulheres podem aderir a método contraceptivo sem autorização de cônjuge

A partir desta quarta-feira, em Mato Grosso do Sul, planos de saúde não precisam do consentimento do marido

Gabriela Couto | 16/11/2022 09:04
Mulher segurando um DIU de cobre, um dos métodos mais seguros oferecidos pelo SUS. (Foto: Ministério da Saúde)
Mulher segurando um DIU de cobre, um dos métodos mais seguros oferecidos pelo SUS. (Foto: Ministério da Saúde)

Entrou em vigor, a partir desta quarta-feira (16), a lei que proíbe os planos de saúde de Mato Grosso do Sul de exigirem autorização de cônjuge ou companheiro para a adoção de qualquer método contraceptivo que não importe em esterilização voluntária. A lei foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) e é de autoria do deputado estadual Evander Vendramini (PP).

A medida considera abusiva a prática exigida, sob pena de colocar em risco a saúde física e psíquica da mulher. O autor justificou que deve ser reconhecido às mulheres o direito de liberdade de opção e responsabilidade social sobre a decisão pertinente ao exercício da maternidade.

A nova lei ainda passa a obrigar que os planos de saúde instalem em suas centrais de atendimento placas ou cartazes de avisos que informem a desnecessidade de consentimento do cônjuge para adoção de qualquer método contraceptivo que não importe em esterilização voluntária, bem como que em referido aviso conste o número da Agência Nacional de Saúde (ANS) para denúncia em caso de descumprimento.

O descumprimento da nova norma sujeitará ao infrator penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor, nos termos dos artigos 56 e 57, devendo a multa ser estipulada em regulamentação própria do Procon/MS e revertida para o FEDDC (fundo Estadual de Defesa dos Direitos do Consumidor).

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