Na Assembleia, Puccinelli diz que está tranquilo com depoimento ao Gaeco
Em visita rápida na manhã desta quarta-feira (9) a Assembleia Legislativa, o ex-governador André Puccinelli disse que está tranquilo quanto a sua convocação para depor ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na Operação Cofee Break, que investiga suspeita de compra de votos para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP) em 2014.
Puccinelli havia sido convocado para depor na semana passada, mas alegou compromissos particulares e solicitou a transferência da data. "Vou depor quantas vezes me chamarem. Não tenho nenhum problema em ir até lá, mas vou na condição de testemunha", afirmou.
O ex-governador conversou com o Campo Grande News no saguão da Assembleia e disse que ainda hoje irá se reunir com seu advogado para saber qual a nova data de seu depoimento, que pode ocorrer esta semana.
CIMI - Quanto a possível abertura de uma CPI proposta pela deputada estadual Mara Caseiro (PT do B) para investigar atuação do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), acusado de incentivar e financiar invasões em terras no Estado, por grupos indígenas, Puccinelli disse que para instaurar uma Comissão Parlamentar é preciso ter um fato determinado e se ele existir, é favorável a abertura.
"Todo mundo pode e deve ser investigado e lá na frente quem for inocente terá um atestado de idoneidade. Eu, por exemplo, desde 1997, de forma voluntária, deixei minhas contas abertas para a Justiça", afirmou Puccinelli.
Em 2013, ainda como governador, Puccinelli fez duras críticas ao Cimi durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, que discutia na ocasião a questão da demarcação de terras indígenas.
Puccinelli esteve na Assembleia para conversar com o deputado Zé Teixeira (DEM) e, segundo o deputado, os dois tiveram apenas um "encontro de amigos".