Parlamentares aguardam Tereza Cristina para decidir permanência no União Brasil
Posição da ministra deve indicar os rumos dos parlamentares de MS, diante da criação do novo partido
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Os parlamentares de Mato Grosso do Sul aguardam o posicionamento da ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM) para decidir sobre a permanência no União Brasil, partido criado a partir da fusão entre o DEM e PSL. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) homologou a junção dos dois partidos, por unanimidade, durante sessão na noite desta terça-feira (08). A fusão abre uma janela para os filiados dos partidos, que podem acabar migrando para outras siglas em busca de mais espaço.
“A ministra é quem está conduzindo esse processo outros partidos estão sendo considerados, mas precisamos chegar a uma unanimidade, não decidimos nada ainda. Vamos ter que escolher um partido competitivo, organizado, que nos permita se no exercitar politicamente. Estou no aguardo”, comenta o deputado federal, Luiz Ovando (PSL)
Um dos integrantes do grupo político da ministra, o deputado estadual José Carlos Barbosa (DEM), o Barbosinha, ressaltou que momento exige uma análise do cenário político que será formado a partir da fusão. “Vamos ter que avaliar a configuração de comando político do Estado, como vai ficar a distribuição das funções do partido. É um momento de fazer as contas. Precisamos ver o posicionamento da ministra e diante dos rumos que ela tomar verificar qual o caminho é o melhor”, comentou Barbosinha a respeito da fusão. A reportagem entrou em contato com a ministra Tereza Cristina e aguarda retorno.
Cotada para assumir a presidência do União Brasil a senadora Soraya Thronicke (PSL), ressalta que a nova sigla nasce com a missão de honrar a trajetória dos dois partidos e também dos seus parlamentares. Ela acompanhou a sessão que homologou a fusão no diretório nacional do PSL, em Brasília, acompanhada dos ex-candidato a vice-prefeito de Campo Grande, Rhiad Abdulahad (PSL) e o presidente do diretório municipal do PSL de Amambai, Bruno Oliveira.
“Estamos muito felizes, nossa missão é honrar o nome do partido e justamente unir. É um momento da gente agregar, de acomodar os interesses de todos os políticos, respeitando a história de cada um deles para ter um partido forte e que tenha estrutura para todos aqueles que pretendem se lançar”, comenta.
Conforme Soraya o União Brasil representa um novo momento do cenário político no país. “Vamos fazer valer o esforço dos dois partidos. A diminuição dos partidos, das coligações é uma tendência nacional então estamos na vanguarda desse novo momento que o Brasil vive, confiantes de que tomamos um passo muito importante”, conclui a senadora.
O União Brasil usará o número 44 nas urnas e nasce com a maior força do Congresso, já que os dois partidos que o compõem, juntos, somam 91 deputados e 7 senadores. O cenário, entretanto, pode mudar já que boa parte dos parlamentares podem "debandar" por serem da base de apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro ex-PSL e que agora está no PL. Além disso, filiados ao DEM também podem sair por falta de espaço, como o grupo político da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Em Mato Grosso do Sul, a deputada federal Rose Modesto já até lançou a sua pré-candidatura ao governo do Estado pelo União. A reportagem também entrou em contato com a deputada e aguarda retorno.