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Política

Pela primeira vez, MS vai emplacar 2 ministros no governo federal

Deputados federais do DEM, Tereza Cristina e Mandetta foram escolhidos por Jair Bolsonaro para os ministérios da Agricultura e Saúde, respectivamente

Humberto Marques | 20/11/2018 20:22
Mandetta, deputado federal por dois mandatos e ex-titular da Sesau, comandará o Ministério da Saúde no Governo Bolsonaro. (Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados/Arquivo)
Mandetta, deputado federal por dois mandatos e ex-titular da Sesau, comandará o Ministério da Saúde no Governo Bolsonaro. (Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados/Arquivo)
Deputada federal no primeiro mandato e ex-titular da Seprotur, Tereza Cristina teve indicação da FPA para a Agricultura aceita por presidente eleito. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo)
Deputada federal no primeiro mandato e ex-titular da Seprotur, Tereza Cristina teve indicação da FPA para a Agricultura aceita por presidente eleito. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo)

Com a indicação do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) para o Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul ocupa uma posição inédita no cenário político nacional: é a primeira vez que o Estado terá dois políticos com bases locais na Esplanada dos Ministérios. Também do democratas, a deputada federal reeleita Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias já foi confirmada há cerca de duas semanas como futura ministra da Agricultura.

Será a primeira vez que dois sul-mato-grossenses ocuparão, ao mesmo tempo, comandos de ministérios. Atualmente, o deputado federal licenciado Carlos Marun (MDB) comanda a Secretaria de Governo de Michel Temer –cargo equivalente ao de ministro. Antes dele, em 2001 o ex-senador Ramez Tebet (falecido em 2006) foi ministro da Integração Nacional.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou nesta terça-feira (20) a indicação de Mandetta para a Saúde, que já era ventilada pela imprensa nacional há, pelo menos, uma semana. O deputado sul-mato-grossense colaborou com a plataforma de gestão de Bolsonaro apresentada durante a campanha eleitoral –partiu dele, por exemplo, a sugestão de que gestantes passem por acompanhamento odontológico a fim de evitar partos prematuros, experiência que o parlamentar do DEM disse ao Campo Grande News ter adotado quando foi secretário municipal de Saúde da Capital, na gestão do então prefeito Nelsinho Trad (eleito senador pelo PTB).

Além dessa proximidade com Bolsonaro, Mandetta teve respaldo de associações e entidades ligadas à saúde pública –desde representantes da Associação Paulista de Medicina e diretores de Santas Casas–, cujos dirigentes participaram em peso do anúncio do novo ministro.

Na Câmara dos Deputados, Mandetta atuou na Comissão de Seguridade Social e Família, a qual presidiu e que tem entre os temas analisados projetos na área de saúde. Foi lá, por exemplo, de onde ele disparou críticas ao programa Mais Médicos –que nesta terça foi novamente contestado pelo futuro ministro, desta vez mirando o que qualificou como “convênio entre Cuba e o PT” e as terceirizações de mão de obra em uma área que considerou essencial. Parlamentares da bancada haviam fechado questão em torno do nome do parlamentar sul-mato-grossense.

Agricultura – O apoio reiterado a Mandetta repetiu o realizado em favor de Tereza Cristina. A deputada sul-mato-grossense preside a FPA (Frente Parlamentar Agropecuária), colegiado que representa congressistas comprometidos com o setor e que fechou questão em torno de seu nome –levado a Bolsonaro na tarde de 7 de novembro por um grupo de integrantes da frente. Momentos depois do encontro, o presidente eleito anunciou sua indicada.

Tereza Cristina disputou a primeira eleição para a Câmara Federal em 2014, saída do comando da Seprotur (Secretaria de Estado de Produção e Turismo) na administração estadual anterior. Antes, militou em entidades ligadas ao setor rural em Mato Grosso do Sul. 

Diferente de Mandetta, que decidiu não disputar a reeleição, Tereza Cristina se habilitou para um novo mandato como a quarta deputada federal mais votada do Estado, com mais de 75 mil votos. E, como o colega de bancada, manifestou apoio à candidatura de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.

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