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Política

“Confio no marechal Mandetta”, diz Bolsonaro ao anunciar ministro da Saúde

Presidente eleito disse que lógica com indicação segue a de “governar com pessoas de bem”; novo ministro diz que “missão dada é missão cumprida”

Humberto Marques | 20/11/2018 14:51
Bolsonaro anunciou Mandetta como seu novo ministro da Saúde nesta terça-feira. (Foto: Divulgação)
Bolsonaro anunciou Mandetta como seu novo ministro da Saúde nesta terça-feira. (Foto: Divulgação)

Em ato na presença de parlamentares e representantes de entidades da área da Saúde, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou a indicação do deputado federal sul-mato-grossense Luiz Henrique Mandetta (DEM) para o seu Ministério da Saúde. O anúncio, ventilado pela mídia nacional e que tinha sendo tratado por cautela pelo escolhido, ocorreu em meio a elogios e o reconhecimento a um colaborador de sua campanha à Presidência da República.

“Desde o começo o nosso propósito é governar com as pessoas de bem deste país. Assim, estamos fazendo a escolha dos respectivos ministros, e hoje não é diferente com o Mandetta aqui do lado”, discursou Bolsonaro, reforçando já conhecer o deputado federal “há algum tempo” de ter “trocado ideias” com Mandetta sobre a área da Saúde.

O parlamentar do DEM não disputou a reeleição neste ano, dando seu futuro na política como aberto a partir de janeiro de 2019. Quando questionado sobre a possível indicação para o ministério de Bolsonaro, afirmara ser prematuro, porém, sinalizou pontos que precisavam ser mudados no setor.

Mandetta também admitiu ao Campo Grande News, há cerca de uma semana, ter se reunido com Bolsonaro para dar detalhes sobre investigações acerca do Gisa –sistema de gestão e integração de ações na saúde, que foi contratado pela Prefeitura da Capital e resultou em devolução de recursos por sua não implementação, a qual o futuro ministro atribuiu a “perseguição política” e que mereceu elogios do presidente eleito, por ser a única apuração a qual Mandetta se sujeitou ao longo da vida pública, ainda não sendo réu no episódio.

Nesta terça-feira (20), Bolsonaro reiterou confiança no futuro assessor. “Todos nós sabemos do clamor da nossa população”, disse, referindo-se a temas como emprego, segurança e saúde. “Confio nesse não general, mas no marechal Mandetta que, se Deus quiser, assumirá no ano que vem com essa enorme missão. Damos satisfação a todos de que a saúde tem jeito com pessoas de bem e apoios dos mais variados”, destacou Bolsonaro, que é capitão da reserva do Exército.

Missão – Embora não seja militar, Mandetta já atuou nos hospitais militares do Rio de Janeiro e Campo Grande. Ortopedista com especialização nos EUA, também dirigiu a Unimed na Capital sul-mato-grossense, tornando-se deputado federal por dois mandatos depois de comandar a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) campo-grandense. Em discurso, ele saudou os dirigentes de entidades da Saúde brasileira presentes ao ato e respondeu a Bolsonaro. “Missão dada é missão cumprida”, afirmou o futuro ministro. “Estamos aqui como soldados para ver qual o melhor caminho para enfrentar a batalha e vencer a guerra pela frente”, prosseguiu, finalizando ainda com pedido de apoio a todos os presentes.

A reportagem não conseguiu falar com Mandetta após a indicação –o parlamentar segue na sede da equipe de transição presidencial, onde recebe os cumprimentos de aliados e políticos. Segundo a Globo News, o novo ministro já tem reunião marcada com o atual ocupante da pasta da Saúde no Governo Michel Temer, Gilberto Occhi. Em pauta estão estratégias para contornar a falta de profissionais de atendimento em saúde com a saída de Cuba do programa Mais Médicos –nesta terça, foi aberto edital com 8,5 mil vagas para brasileiros e estrangeiros.

Confira vídeo sobre a indicação de Mandetta para o Ministério da Saúde:

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