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Política

Pré-campanha favorece quem tem mandato e recursos, dizem deputados

Deputados avaliam que os "políticos novatos" terão dificuldades com campanha reduzida

Leonardo Rocha | 15/05/2018 12:43
Deputados Rinaldo Modesto (PSDB), Pedro Kemp (PT) e João Grandão (PT) durante sessão (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputados Rinaldo Modesto (PSDB), Pedro Kemp (PT) e João Grandão (PT) durante sessão (Foto: Victor Chileno/ALMS)

Os deputados admitiram que este período maior de pré-campanha, que vai desde abril, quando se fechou as filiações, até meados de agosto, favorece aqueles políticos que já têm mandato e estão em constante contato com a base eleitoral, assim como aqueles que possuem recursos para viajar e promover encontros antes da campanha.

“Quem já tem mandato vai sair na frente, já que está visitando sua base eleitoral desde o começo do ano, fora ou outros anos de mandato, assim como aqueles que possuem recursos para já estar viajando e conversando com a população”, disse o deputado Pedro Kemp (PT).

O petista admitiu que os candidatos novatos saem prejudicados nesta disputa, já que começaram a fazer as reuniões apenas na época de campanha, reduzida para 45 dias. “Dificulta para renovação, não dá tempo de colocar o time em campo e se tornar conhecido, além disto não há limite e restrições para quem já está em campo”, ponderou.

Márcio Fernandes (MDB) concorda ao dizer que quem possui “trabalho consolidado” no Estado, já está conversando com a base e se organizando para o pleito. “Eu tenho por exemplo base em 41 municípios, que sempre estou presente durante todo o mandato e minha meta é chegar a 50 até a campanha, os novatos terão pouco tempo para aparecer”.

Recursos - Amarildo Cruz (PT) ressalta que sempre “quem tem recursos” para gastar, leva vantagem em uma campanha eleitoral, principalmente para viajar, promover reuniões políticas em todo Estado. “Para disputar com chances precisa correr atrás bem antes, se deixar para última hora não chega. Só espero que haja fiscalização sobre eventuais abusos financeiros”.

Já José Carlos Barbosa (DEM) destaca que qualquer pessoa que pretende se eleger, não pode deixar para trabalhar e montar base eleitoral, no período curto de campanha. “Precisa já ter um trabalho em sua base e comunidade, mesmo sem mandato. A ideia de campanha menor é justamente para reduzir os gastos”.

Rinaldo Modesto (PSDB) concorda que os “novatos” saem em desvantagem, principalmente aqueles que não possuem estrutura. “Quem já está trabalhando faz tempo vai ficar na frente, principalmente quem tem mandato, o meu trabalho por exemplo é em 62 municípios”.

Período – A campanha eleitoral deste ano terá 45 dias de duração e deve começar a partir do dia 16 de agosto, sendo que a eleição está prevista para 7 de outubro. Os postulantes aos cargos precisam fazer o registo da candidatura até 15 de agosto.

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