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Política

Presidente da Agetran admite que assinou contrato com Jagás sem ler

Zemil Rocha e Zana Zaidan | 19/11/2013 16:41
Kátia Castilho prestando depoimento à Comissão Processante nesta tarde (Foto: Cleber Gellio)
Kátia Castilho prestando depoimento à Comissão Processante nesta tarde (Foto: Cleber Gellio)

A diretora-presidente da Agencia Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Kátia Castilho, admitiu hoje, perante a Comissão Processante da Câmara de Campo Grande, que houve um aumento fora do normal no consumo de gás, após a contratação emergencial da empresa Jagás. Ela confessou que assinou o contrato sem ler.

“Sou inteiramente responsável, e assumo publicamente que não li o contrato antes de assinar”, afirmou supreendentemente a presidente da Agetran, em meio a uma onda de sorrisos dos vereadores e platéia. Até mesmo Kátia, provavelmente, pelo nervosismo da ocasião, prestou o depoimento em meio a um tímido sorriso. "Como era uma compra pequena, não me atentei para os detalhes, mas hoje, com esse tanto de problemas que surgiram, eu olharia", acrescentou sobre a o fato de prestar depoimento a uma Comissão que pode cassar o prefeito Alcides Bernal (PP).

Toda a situação foi gerada pelo questionamento do vereador Flavio Cesar, relator da Comissão Processante, sobre o aumento do consumo médio de gás de cozinha, após a Agetran assinar contrato de fornecimento com a empresa Jagás, uma das empresas apontadas pela CPI do Calote como beneficiárias da “fabricação de emergência” pela gestão de Bernal.

“O consumo médio era de dois botijões de gás de cozinha por mês, mas a Agetran passou a comprar seis por mês com o contrato com a Jagás”, afirmou Flavio Cesar, cobrando a explicação de Kátia, que surpreendeu pela sinceridade da resposta.

O parlamentar também questionou sobre o fato de compra de gás de cozinha se encaixar em "emergergência". "Quem é que gosta de ficar sem café ou chá? Para mim não faz diferença se foram dois ou seis butijões, eu não gosto de miséria", acrescentou Kátia, arrancando novos risos de quem acompanhava a oitiva. 

 

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