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Política

Processante começa a ouvir os primeiros depoimentos nesta quarta

Kleber Clajus | 13/11/2013 08:37
Vereadores iniciam processo de depoimentos para confirmar ou não denúncia de "fabricação de emergência" na administração Bernal (Foto: Marcos Ermínio)
Vereadores iniciam processo de depoimentos para confirmar ou não denúncia de "fabricação de emergência" na administração Bernal (Foto: Marcos Ermínio)

A Comissão Processante começa, a partir das 9h desta terça-feira (13), a ouvir os primeiros depoimentos de empresários envolvidos na denúncia de suposta “fabricação de emergências” na administração do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O chefe do Executivo anunciou, hoje, que uma equipe irá acompanhar os trabalhos no plenário Oliva Enciso, na Câmara Municipal.

O primeiro a prestar esclarecimentos, às 9h, será o proprietário da empresa Salute Distribuidora de Alimentos, Érico Chezini Barreto. A empresa foi contratada de forma emergencial e sem licitação, no valor de R$ 4,3 milhões, para o fornecimento de alimentos aos Ceinf’s (Centros de Educação Infantil) no período de quatro meses.

O contrato da prefeitura com a Salute foi questionado no relatório da CPI (Comissão Parlamentar) do Calote, documento que deu base à abertura da Processante. No dia 11 de novembro, a empresa desistiu de licitação para fornecimento do mesmo serviço.

Uma hora depois, às 10h, será a vez do representante da Jagás, Elton Luiz Crestani, prestar esclarecimentos. A empresa também foi contratada de forma emergencial para fornecer 9 mil botijões de gás de cozinha de 13 quilos e 5,4 mil de 45 quilos para a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), Semed (Secretaria Municipal de Educação) e a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), no valor total de R$ 101.977,00.

O contrato da Jagás foi firmado no momento em que interpunha recurso contra a empresa Mic Mar, durante o primeiro pregão da gestão Bernal iniciado em março.

No período da tarde também estão previstos o depoimento do representante da Megaserv, Milton Felice, além de Mamed Dib, proprietário da MDR Distribuidora de Alimentos.

Negativa – A Processante prossegue em seus trabalhos com a chancela da Justiça. Isso porque Bernal tentou com um mandato de segurança encerrar os trabalhos, mas o juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, Alexandre Tsuyoshi Ito, negou o pedido.

O grupo de investigação é presidido pelo vereador Edil Albuquerque (PMDB), tem relatoria de Flávio César (PT do B) e como membro Alceu Bueno (PSL).

A abertura da Comissão foi aprovada, no dia 15 de outubro, por 21 votos a oito na Câmara da Capital. O processo pode levar ao afastamento e cassação do prefeito, caso a denúncia protocolada pelos ex-integrantes do PP, Pedro Guimarães e Raimundo Nonato, seja confirmada. A decisão sobre o futuro de Bernal ainda deve passar novamente pelo Plenário.

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