Professores foram a Assembleia pedir apoio por piso salarial em 20 horas
Professores da rede pública estadual foram hoje de manhã à Assembleia Legislativa pedir o apoio dos deputados estaduais na negociação com o governador André Puccinelli (PMDB) pela aplicação do piso salarial em jornada de 20 horas, nos próximos três anos.
“O governo já paga 79, 28% do piso salarial em 20 horas, restando menos de 21% para ser implantado nos três próximos anos, porém ele nos propôs que esta equiparação seja feita a partir de 2015 em oito anos”, destacou Roberto Botareli, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).
O dirigente foi à tribuna e destacou que se não houver uma mudança na “postura” do governo estadual, ao no letivo em 2014 poderá começar com greve geral em Mato Grosso do Sul.
“Esta questão já foi resolvida em Campo Grande, após uma renegociação, no Estado não houve acordo, faltou compromisso do governador, poderemos ter a maior greve que este Estado já teve”, destacou ele.
Botareli foi aplaudido durante todo seu discurso pelos manifestantes que lotaram o plenário da Assembleia, ele ressaltou que apesar dos governantes e prefeitos destacarem a educação durante a campanha eleitoral, está não está prioridade.
“Nós gostaríamos de saber a posição de vocês, já que ano que vem tem eleição e daremos nossa resposta nas urnas, temos mais de 50 mil profissionais da educação que irão votar ano que vem”, apontou ele.
De acordo com a Fetems, a maior escola estadual do Estado, Joaquim Murtinho, está sem atividades e que várias escolas do interior também estão paradas.
Os professores recebem hoje R$ 2.167,00 em jornada de 40 horas semanais, eles querem que sejam pagos o piso salarial nacional de R$ 1.567,00 para cada 20 horas trabalhadas.
Paralisação Nacional – O dirigente ainda destacou que poderá acontecer uma greve nacional caso haja alteração na lei que rege o piso salarial dos professores.
Ele apontou que o reajuste deve estar entre 9% a 12% em 2014, no entanto se cair para 5% ou 6% como está cogitado vai ter paralisação nacional no início do ano letivo.
“Iremos a Brasília nos dias 11 e 12 de dezembro para participar desta discussão, e nós da Fetems pediremos apoio a bancada federal, estamos unidos e não podemos ser prejudicados”, afirmou Botareli.