PSB está dividido e vai avaliar proposta para indicar vice de Nelsinho
O PSB ainda vai decidir sobre proposta para indicar vice-governador na chapa do PMDB, liderada pelo ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho. A sigla está divida porque alguns prefeitos optam em seguir com o candidato do PT, Delcídio do Amaral. Contudo, nesta quarta-feira (14), o pré-candidato à presidência da República e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já confirmou apoio aos peemedebistas no Estado.
Para o presidente regional do PSB, Murilo Zauith, o posicionamento de Campos faz parte de uma construção mais ampla para fortalecer a legenda nacionalmente, faltando apenas formalização em Mato Grosso Sul.
“Espero que isso avance e que o PMDB envie comunicado propondo coligação. Ainda não vou reunir o partido porque não tenho proposta oficial e precisamos avaliar espaço”, pontuou Zauith.
Em entrevista a Rádio Difusora, na manhã desta quarta-feira (14), Eduardo Campos declarou que “foi tomada decisão de seguir com Nelsinho Trad e o PMDB”. A medida reforça ainda mais a influência de dissidência formal entre peemedebistas insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff (PT). O grupo, liderado pelo senador pernambucano Jarbas Vasconcelos, estima que sua influência passe de seis para 15 deputados, além de quatro senadores.
De acordo com o presidente municipal do PSB, Carlos Augusto Borges, o Carlão, a decisão de Campos pode “rachar” o partido porque ele “não conhece as particularidades do Estado”.
“Muitos prefeitos optam pelo Delcídio pelo trabalho prestado aos municípios. Vou ajudar para presidente, mas no Estado vou ver o meu lado e aguardar congresso do partido”, comentou Carlão.
Do lado peemedebista, a aliança é vista com bons olhos e pode fortalecer ainda mais a chapa majoritária do partido.
“Acho que o Nelsinho constrói bem alianças e o modelo Dilma está desgastado, já o Eduardo é fato novo”, avaliou o vereador Paulo Siufi.
Já o deputado estadual Marquinhos Trad acredita que o apoio do governador André Puccinelli a pré-candidata petista “está associado à liberação de recursos” e que ao se unir ao PSB fica evidente que ambos os partidos “sempre andaram próximos”.