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Política

Puccinelli diz que aguarda sinal de Temer para indicar Moka ou Marun

Leonardo Rocha | 22/04/2016 10:46
Michel Temer e André Puccinelli, durante reunião do PMDB em Campo Grande, em março (Foto: Fernando Antunes)
Michel Temer e André Puccinelli, durante reunião do PMDB em Campo Grande, em março (Foto: Fernando Antunes)

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) explicou que caso Michel Temer (PMDB) assuma a presidência e peça para que Mato Grosso do Sul indique nomes, vai defender a escolha do deputado Carlos Marun (PMDB) para o Ministério das Cidades e o senador Waldemir Moka (PMDB) na pasta de Agricultura. "Não houve ainda esta conversa, sequer tocamos no assunto", disse ele.

Puccinelli disse que já conversou duas vezes com o vice-presidente, após a aprovação do impeachment na Câmara dos Deputados. "Conversamos por telefone, mas não tocamos no assunto, não cabe a mim sugerir ou apresentar nomes, se ele pedir a indicação do Estado para vaga da Câmara, vou indicar o Marun, se for (vaga) do Senado, o Moka para Agricultura".

O ex-governador disse que não existe a possibilidade de ser ministro. "Não acredito que serei convidado e se fosse, não aceitaria, mesma postura quando falaram que eu poderia assumir este cargo no governo da presidente Dilma (Rousseff)", garantiu.

Cotados - Marun diz que se sente "lisonjeado" por ser cotado ao cargo de ministro das Cidades, admitindo que aceitaria a missão, caso fosse convidado. "Se tivesse (convite) acredito que teria o apoio da bancada na Câmara (Deputados) e não abriria mão de um espaço tão importante para Mato Grosso do Sul".

O deputado no entanto ponderou que o assunto está fora de pauta, pois além da concretização do impeachment no Senado Federal, disse que a prioridade de Temer é montar o núcleo econômico do governo, assim como o Ministério da Justiça. "Em uma eventual posse, de imediato ele teria que indicar o comando da Fazenda, do Banco Central, Justiça, Defesa e Casa Civil".

Para um segundo momento, então ficariam as pastas de execução do Governo Federal, como Cidades, Saúde, Educação, Transporte e outras. "Para estas dependeria de articulação política, em um governo de coalizão, com a participação de muitos partidos, além disto existe a ideia de redução de ministérios", disse ele.

Já o senador Waldemir Moka (PMDB) ponderou que "não está pensando nisto"e que sua indicação ao Ministério da Agricultura, seria apenas uma especulação no momento. "Não existe nada por enquanto, ainda nem aconteceu a votação do impeachment no Senado, está em tramitação, o mais importante depois será recuperar o país, diminuir o desemprego e voltar a ter a confiança dos mercados".

Moka lembrou que já houve conversas no passado, para que ele assumisse este cargo, porém sempre recusou, já que não faria parte do governo do PT. "Não tinha nenhuma relação com o Governo, no qual nunca ajudei a eleger, mas se houver a mudança, independentemente de quem assumir os cargos, o importante é reduzir os ministérios e o tamanho da máquina pública".

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