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Política

Rachado, PT adia definição sobre sucessão em Dourados

Fernanda França | 21/12/2010 14:57

Partido se divide entre lançar candidato ou apoiar Murilo

Elias Ishy foi o único até agora a colocar seu nome para a disputa. (Foto: Hédio Fazan).
Elias Ishy foi o único até agora a colocar seu nome para a disputa. (Foto: Hédio Fazan).

Rachado, o PT de Dourados adiou para o dia 30 o encontro que definirá o rumo político que o partido tomará nas eleições extemporâneas que escolherão o novo prefeito da cidade.

A reunião deveria acontecer esta noite, a partir das 19h. Nela, ficaria decidido se o partido lançará candidatura própria ou apoiará Murilo Zauith (DEM), que já reúne 10 partidos em torno de seu projeto.

O vereador Elias Ishy, filiado há mais de 20 anos ao PT, confirmou que a sigla está dividida, sobretudo porque em âmbito nacional os petistas são rivais dos democratas.

“O partido está bem dividido, está rachado ao meio”, definiu, explicando que no encontro que acontecerá no fim deste mês, 152 delegados votarão pela aliança ou não entre o PT e o DEM. “Quem tiver maioria vence”, complementou.

No dia 2 de janeiro de 2011, uma convenção municipal está marcada para referendar a decisão tomada no dia 30 de dezembro.

Uma comissão foi formada pelo PT para conversar com outros partidos e negociar apoio no processo sucessório de Dourados. “Na reunião que tivemos, parece que o DEM está oferecendo para o PT três secretarias e mais a vice”, confirmou Ishy.

O vereador defende candidatura própria e foi o único até agora a colocar seu nome para a disputa. Para ele, o partido precisa ir para o embate independente do favoritismo de Murilo.

“A gente não pode agir por conveniência, o PT tem uma linha totalmente contrária ao DEM. Outro ponto é que temos um mês de campanha para reverter a situação”, avaliou.

Outras lideranças da legenda como o senador Delcídio do Amaral e o presidente da Câmara de Dourados, Dirceu Longhi, preferem se coligar com o DEM.

A eleição extemporânea de Dourados está marcada para o dia 6 de fevereiro e foi convocada após a renúncia de Ari Artuzi (expulso do PDT). Ele permaneceu preso por cerca de três meses por envolvimento em esquema de fraude em licitação e pagamento de propina.

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