Reinaldo cobra União sobre segurança e ministro promete ajuda
Evento discute políticas para diminuir o consumo de drogas
Argumentando que Mato Grosso do Sul investiu R$ 114 milhões na segurança, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), cobrou novamente ajuda da União no setor, nesta segunda-feira (19).
Sem dar valores, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Gasparine Terra, que veio ao Estado por ser autor de um projeto de lei sobre combate às drogas, disse que o Ministério da Defesa e da Justiça vai realocar recursos de alguns setores para investir na segurança e no enfrentamento das drogas em Mato Grosso do Sul.
“Precisamos de efetivo federal. O trabalho na fronteira tem de ser integrado entre Estado e União”, complementou Reinaldo. Para ele, as trocas de ministros e instabilidade em Brasília estão impendido que projetos de segurança avancem no governo federal. “Se não tiver trabalho em conjunto, vamos perder esta guerra”.
Combate - Ambos participam da abertura da Semana Nacional de Combate às Drogas e da comemoração dos 20 anos do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência). O evento acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.
O governador explicou que são 20 anos de “trabalho efetivo nas escolas” onde são apresentados os riscos da droga para os jovens.
Já o ministro participa da solenidade, pois é autor da lei nacional contra as drogas, que, atualmente, está no Senado. A proposta começou a ser escrita por ele na ocasião em que foi deputado federal. “Em duas décadas não existe nenhuma política de combate”.
Conforme Osmar, o uso de drogas representa uma “epidemia” no Brasil, que tem aumentado de forma considerável. “Tem de haver um esforço coletivo da áreas de saúde, educação, assistência social e segurança”. Para ele, a maconha, por exemplo, não deve ser utilizada nem para o uso medicinal dizendo que a droga possui 398 substância que fazem mal.
“Para pressão alta, se usa uma molécula do veneno de jararaca. Então para se combater a hipertensão não se toma todo o veneno”, disse o ministro querendo explicar que não é ideal utilizar a maconha de forma medicinal, apenas uma parte, para o tratamento de doenças.