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Política

Rose Modesto entra com ação e briga interna no União Brasil ganha novo capítulo

Ex-deputada acusa Soraya Thronicke de tê-la retirado da vice-presidência do partido sem anuência nacional

Jéssica Benitez | 17/04/2023 09:18
Rose Modesto e Soraya Thronicke estão em guerra pelo comando do União Brasil em MS (Foto Reprodução/Redes Sociais)
Rose Modesto e Soraya Thronicke estão em guerra pelo comando do União Brasil em MS (Foto Reprodução/Redes Sociais)

Imbróglio sobre comando estadual do União Brasil ganhou novo capítulo. Agora, a ex-deputada federal Rose Modesto ingressou com ação para garantir que siga no cargo de vice-presidente da sigla em Mato Grosso do Sul. Nos autos, ela alega que antes mesmo do impasse vivido pela legenda atualmente, foi inativada da função e só descobriu agora, portanto, decisão judicial que determinou anulação da formulação provisória do diretório não a contemplou.

Rose acusa a senadora e presidente da regional Soraya Thronicke de tê-la desligado da executiva sem informá-la e alegando falsamente que as alterações passaram pelo crivo do diretório nacional, fato que, segundo a ex-parlamentar, não ocorreu.

Conforme documento anexado aos autos, Soraya protocolou junto ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) pedido de inativação de Rose no dia 24 de janeiro deste ano, determinando fim do exercício em 31 de dezembro de 2022.

A inicial sustenta, ainda, que decisões como esta devem ser tomadas de forma colegiada com chamamento da mesa diretora deliberativa com antecedência de pelo menos 15 dias, o que também não aconteceu.

“Partindo de tais premissas, verifica-se que a alteração da composição do órgão provisório estadual deve ser precedida de procedimento prévio e somente pode ser realizada com fundamento em decisão coletiva cujo quórum corresponda a 3/5 (três quintos) dos votos dos membros da Mesa Deliberativa da Comissão Executiva Nacional Instituidora, o que não ocorreu no presente caso”, diz.

A ex-deputada associa a atitude da senadora ao conflito que ambas tiveram durante e após as eleições de outubro passado, quando se candidatou ao Governo do Estado e a senadora foi postulante à Presidência da República, pleito “no qual a presidente cometeu uma série de equívocos e não cumpriu os compromissos firmados com os candidatos do Partido, o que prejudicou o desempenho de todos eles”.

À época, Rose chegou a afirmar que sairia do União Brasil, mas, segundo ela, a desfiliação nunca ocorreu de fato. Soraya tem usado matérias jornalísticas falando sobre o anúncio da colega de que deixaria o partido para respaldar medidas que tomou em relação à executiva estadual.

Entenda – Apesar dos ruídos no pós-eleição, o racha interno no União Brasil ficou evidente no último dia 4, quando Soraya convocou eleições e, com chapa única, elegeu nova composição regional da legenda. O caso foi judicializado após parte da antiga diretoria ingressar com ação pedindo nulidade do pleito interno. Horas depois, o juiz Fábio Saad concedeu liminar e anulou a votação.

A senadora, por sua vez, diz ter cumprido a decisão, porém, entrou com recurso para derrubá-la a fazer valer a eleição que convocou e a reelegeu presidente estadual do União Brasil. Rose já admitiu que quer disputar o comando do partido e agora alega que não foi contemplada com a decisão acima referida, porque já estava desligada da vice-presidência, mesmo sem saber.

Por meio de nota, a equipe da senadora respondeu que o desligamento de Rose ocorreu de forma voluntária "através de Nota Publica no 2 turno das eleições. Portanto nos termos do artigo 12 do estatuto partidário em seu inciso IV, houve desligamento voluntário e as consequências estão prevista no parágrafo primeiro deste mesmo artigo que determina a perda do direito automaticamente de exercer qualquer cargo partidário para qual tenha sido nomeado".

*Matéria editada às 11h47 para o acréscimo da nota

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