Sem Renan no páreo, Simone encara disputa por Senado mais otimista
Senadora de MS disse que desta vez o MDB não vai "rachar" e seguirá unido para o pleito
A senadora Simone Tebet (MDB) busca os 41 votos dos colegas de Parlamento para se eleger presidente do Senado Federal. Agora em “pé de igualdade” com os demais concorrentes do partido, espera conseguir o apoio de outras legendas, para vencer a disputa em 1° de fevereiro de 2021.
“Diferente de 2019, quando (senador) Renan Calheiros tinha o apoio da maioria do partido, agora estamos em pé de igualdade para conseguir o apoio fora da legenda e quem tiver os 41 votos, os demais vão apoiar, para que o partido volte a presidência”, disse Simone em entrevista ao Campo Grande News.
Ela adiantou que já começou sua “campanha” conversando com os demais colegas e inclusive pedindo apoio por telefone, para conseguir a maioria necessária. “Quem tiver o apoio dos 41 dos 81 senadores leva a disputa, por isso o foco agora é buscar o apoio, que deve se estender até o final de janeiro”, explicou.
A senadora acredita que diferente de 2019, desta vez não haverá “racha” dentro do MDB e quem tiver mais apoio terá os votos dos 13 senadores da legenda. “Não se ganha com os votos do MDB, por isso precisa de outras adesões, cada um vai tentar viabilizar seu nome, tendo sua característica própria e grupo político”, acrescentou.
Mudança – Simone lembra que na eleição passada, quando ela retirou o nome do páreo e apoiou o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), o MDB optou por Renan Calheiros por ele ter mais chances de ganhar o pleito, mas que agora o cenário mudou. “Ele (Renan Calheiros) inclusive já anunciou que não vai concorrer”.
Além de Simone, os senadores Eduardo Braga (AM), Eduardo Gomes (TO) e Fernando Bezerra Coelho (PE) desejam disputar a presidência pelo MDB, que deve enfrentar do outro lado um aliado do atual presidente do Senado, que por enquanto aposta em Rodrigo Pacheco (DEM-MG).