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Política

Temer troca ministro da Justiça e nomeia Torquato Jardim para cargo

Leonardo Rocha | 28/05/2017 15:07
Torquato Jardim com Michel Temer, quando assumiu Ministério da Transparência (Foto: Beto Barata/PR)
Torquato Jardim com Michel Temer, quando assumiu Ministério da Transparência (Foto: Beto Barata/PR)

O presidente Michel Temer (PMDB) trocou o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, por Torquato Jardim, que antes era o titular do Ministério da Transparência. A mudança foi confirmada na tarde deste domingo (28), em nota oficial do Palácio do Planalto.

De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, foi dado ao antecessor (Osmar Serraglio), a opção de assumir o Ministério da Transparência, que ficou com o cargo vago, ou voltar para Câmara Federal, onde irá ajudar o Governo, a reforçar a base aliada.

Segundo a reportagem, a saída de Serraglio ocorreu em função de uma série de críticas dos aliados, pois desde quando assumiu a função, o então ministro não tinha nenhuma interlocução no Poder Judiciário, além disto, era considerado muito "congressual", precisando de alguém mais efetivo e bem relacionado neste momento de crise.

O presidente Michel Temer inclusive é investigado no STF (Supremo Tribunal Federal), pelos crimes de corrupção, obstrução de justiça e formação de quadrilha, em função da delação premiada dos donos da JBS, além da gravação feita por Joesley Batista, em que o Ministério Público Federal o acusa de ter concordado com o "pagamento do silêncio" de Eduardo Cunha.

A Polícia Federal, responsável pela investigação destas denúncias, é justamente subordinada ao Ministério da Justiça. A reportagem lembra inclusive que na gravação ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), o tucano justamente criticava a atuação de Osmar Serraglio, que segundo ele, não tinha pulso nas investigações da Operação Lava Jato.

Além disto, se Serraglio voltar a Câmara Federal, o deputado afastado, Rocha Loures (PMDB-PR), deixa sua cadeira do legislativo, já que ele é suplente do ex-ministro da Justiça. O peemedebista foi fortemente atingido pela delação premiada da JBS, já que foi filmado recebendo uma mala de R$ 500 mil.

De acordo com o Estadão, apesar de Loures te devolvido o dinheiro, o STF (Supremo Tribunal Federal) avalia o pedido de sua prisão, solicitado pelo Procuradoria-Geral da República. Na delação da JBS, este dinheiro seria repassado ao presidente Michel Temer (PMDB).

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