Cassação pelo TSE seria saída honrosa para Temer, avalia Pedro Chaves
Justiça eleitoral vai julgar a chapa Dilma/Temer a partir de 6 de junho
A melhor saída para resolver a crise institucional em Brasília seria a cassação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da chapa Dilma/Temer, avalia o senador sul-mato-grossense Pedro Chaves (PSC), que considera ser essa uma forma “honrosa” de Michel Temer (PMDB) deixar a Presidência da República.
“O futuro do Temer vai depender muito do próximo dia 6 de junho, quando ocorre o julgamento. Acho que a saída mais honrosa é essa e resolveria mais rápido o problema institucional”, diz Pedro Chaves.
O parlamentar, ouvido pelo Campo Grande News na tarde desta sexta-feira (26), diz considerar que há razões suficientes para a cassação da chapa, sendo que o relator já votou a favor dessa decisão, faltando apenas a decisão do pleno.
“A situação do Temer está quase insustentável, ele já tinha baixíssima aprovação popular, agora vem perdendo apoio dos parlamentares e tem as manifestações populares. Estamos lutando contra o tempo, temos que resolver logo essa situação”, relata o senador.
O julgamento que pode cassar a chapa Dilma-Temer, será retomado no dia 6 de junho, sendo que o presidente do TSE, Gilmar Mendes, já definiu quatro sessões para análise dos processos, que serão realizadas nos dias seguintes, na capital federal. Esta ação foi proposta pelo PSDB, que na eleição de 2014, ficou em segundo lugar.
A vida do presidente da República também está complicada, pois de acordo com o Ministério Público Federal, em encontro com Joesley Batista, dono da JBS, Temer deu aval para que ele continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro, ambos presos, para que continuassem em silêncio. O STF (Supremo Tribunal Federal) abriu inquérito para investigar este fato.
Reformas – Para Pedro Chaves, a reforma Trabalhista não vai ser comprometida pela turbulência em Brasília. “Os senadores estão convencidos que vai ser aprovada”, diz. A proposta de mudanças está sendo analisada por uma comissão especial, em seguida será encaminha ao plenário e deve ser votada na próxima semana.
Já a reforma da Previdência está “engatinhando” na Câmara dos Deputados e deve sofrer um “atraso significativo”, considera o senador. “Dificilmente vai ser aprovada na Câmara do jeito que está”, conclui Pedro Chaves.